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NOTA TÉCNICA SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL - SMADS Nº 5 de 12 de Dezembro de 2024

Norma Técnica – CPSE – Centro Dia para Pessoa com Deficiência

NORMA TÉCNICA Nº 05/SMADS/2024

Norma Técnica – CPSE – Centro Dia para Pessoa com Deficiência

1. CARACTERIZAÇÃO E FORMALIZAÇÃO

 

a. Introdução

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), em seu artigo 8º, dispõe que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à dignidade e à convivência comunitária, entre outros, decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009) e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.

De maneira complementar, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, instituído pelo Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011, também estabelece, entre outros objetivos, o de garantir o acesso das pessoas com deficiência aos direitos básicos, como saúde, educação, transporte público, qualificação profissional, mercado de trabalho e moradia.

 

Utilizando os dados do CAD ÚNICO, verifica-se o seguinte cenário: pessoas com deficiência – Trezentos mil e seiscentos e noventa e cinco (300.695) pessoas; sendo que esta Secretaria atende a três mil cento e vinte e nove (3.129) nos Serviços específicos para pessoas com deficiência. Faz-se necessário salientar, ainda, que o Cadastro Único aponta o registro de 84.904 pessoas com deficiência em vulnerabilidade social, beneficiárias do Programa Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) no município de São Paulo.

Cabe destacar que a presença de um membro familiar com alto grau de dependência, notadamente em famílias de baixa renda, pode inclusive impedir a entrada de outros integrantes no mercado formal de trabalho, acentuando o grau de vulnerabilidade econômica e social, potencializando a tensão intrafamiliar e o esgotamento emocional, aumentando o risco potencial de episódios de maus-tratos, violência e abandono, fruto do esgarçamento e rompimento dos vínculos familiares, muitas vezes gerando a demanda por institucionalização.

 

A criação do Centro Dia para Pessoas com Deficiência (CDPCD) está, portanto, em estrita consonância com as normativas nacionais que estabelecem a política para pessoas com deficiência, uma vez que se propõe a apoiar a inclusão social e o acesso a direitos de seus usuários, oferecendo outras possibilidades de cuidado e convivência. O serviço ainda tem o importante papel de evitar a institucionalização e a exposição a situações de violência contra pessoas com deficiência, apoiando familiares e/ou cuidadores e possibilitando condições de desenvolvimento de outras atividades que não sejam exclusivamente voltadas ao cuidado da pessoa com deficiência.

 

 

b. Marco conceitual e legal

 

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E SEU PROTOCOLO FACULTATIVO, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2006, INCORPORADA À CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA EM 2008 - Em seus artigos, enuncia direitos e diretrizes de enfrentamento às diferentes formas de discriminação que acometem pessoas com deficiência de todos os gêneros, em diversas áreas de atuação e em todas as etapas de seu ciclo de vida. O documento traz ainda um novo conceito de deficiência, definindo: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

 

PLANO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, INSTITUÍDO PELO DECRETO Nº 7.612, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 - Estabelece, entre outros objetivos, o de garantir o acesso das pessoas com deficiência aos direitos básicos, como saúde, educação, transporte público, qualificação profissional, mercado de trabalho e moradia.

 

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 - Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Em seu artigo 8º, dispõe que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.

 

 

c. Portarias e Resoluções

 

Resolução 1.630/SMADS/2020 - Dispõe sobre a aprovação do Serviço Centro Dia para Pessoas com Deficiência, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS, no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade.

 

Portaria 090/SMADS/2024 - Altera a Portaria SMADS nº 4 de 08 de janeiro de 2021 e regulamenta, no âmbito da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, o Serviço Centro dia para Pessoas com Deficiência; altera as Portarias SMADS nº 47 de 22 de dezembro de 2010 e n° 39 de 21 de junho de 2024 e atualiza a referência de custos do Serviço Centro Dia para Pessoas com Deficiência, nos termos dos Anexos I e II desta portaria.

 

Portaria 46/SMADS/2010 – Tipificação da Rede Socioassistencial e Regulação de Parceria da Política de Assistência Social.

 

d. Caracterização

 

O Centro Dia para Pessoas com Deficiência é um Serviço da Proteção Social Especial de Média Complexidade, referenciado ao CREAS, para pessoas com deficiência e pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e suas famílias. O Centro Dia presta atendimento durante o dia a jovens e adultos com deficiência ou TEA em situação de dependência, bem como a suas famílias, que estejam com seus direitos violados e que necessitam de auxílio para desenvolver atividades de vida diária (instrumentais ou básicas), sendo necessário o apoio de um espaço que ofereça proteção social especial, caracterizado pelo atendimento de uma equipe multidisciplinar, que irá auxiliar na garantia de direitos através de ferramentas e ações como fortalecimento de vínculos, estímulo para autonomia, inclusão social, por meio de ações de acolhida, escuta qualificada para orientação, trabalho em rede, entre outros. O serviço realizará atividades de convivência, cuidados pessoais, fortalecimento de vínculo e ampliação das relações sociais.

 

Como um serviço da rede socioassistencial, atua também em situações de risco e violação de direitos, como discriminação, negligência, maus-tratos, violência física e psicológica, dentre outros, atuando de maneira a contribuir para a superação destas condições e evitar novas ocorrências por meio do apoio à ampliação da autonomia e ao fortalecimento do papel protetivo da família.

 

O Centro Dia para Pessoas com Deficiência oferece atendimento especializado para Pessoas com Deficiência em situação de dependência, isolamento social, em casos de sobrecarga do cuidador familiar, dentre outras condições que agravam a dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia e independência.

 

d.1. - Funcionamento

De segunda-feira a sexta-feira

 

d.2. - Horário

Por um período de 12 (doze) horas diárias, garantindo o funcionamento das 7h às 19h

 

Observação:

Este período (7h às 19h) é destinado à organização do serviço e não ao total de permanência do usuário no serviço. O período em que o usuário permanecerá nas dependências do serviço estará submetido a avaliação técnica, considerando a tolerância da pessoa e o seu Plano Individual de Atendimento, que deverá contemplar o período de permanência no serviço, respeitando a singularidade do usuário e suas demais atividades.

 

d.3 - Capacidade

A capacidade prevista é de 30 usuários por dia, ficando estabelecido que o número de referenciados deverá ser ao menos 20% superior ao número de vagas, garantindo os padrões de ocupação.

 

d.4 – Abrangência

Subprefeitura

 

2. OBJETIVOS

 

a. Geral

Promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, seus cuidadores e familiares, estimulando a autonomia, vivência comunitária e a prevenção da institucionalização e segregação com vistas à inclusão social.

 

b. Específicos

· Promover a independência, autonomia e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, bem como de seus cuidadores e familiares;

· Oferecer suporte para atividades básicas de alimentação e higiene pessoal (exceto banho);

· Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, reduzindo sua sobrecarga de trabalho e utilizando meios de comunicação e cuidado que incentivem a autonomia dos envolvidos;

· Fortalecer os vínculos familiares prevenindo situações de violência;

· Desenvolver ações especializadas para a superação das situações violadoras de direitos que contribuem para a intensificação da dependência;

· Prevenir o acolhimento institucional e a segregação dos usuários do serviço, assegurando o direito à convivência familiar e comunitária;

· Promover acesso a benefícios, programas de transferência de renda e outros serviços socioassistenciais, das demais políticas públicas setoriais e do Sistema de Garantia de Direitos.

· Respeitar as singularidades, diversidades e especificidades das pessoas com deficiência, considerando raça, etnia, gênero, identidade de gênero, orientação sexual, geracional, territorial, de nacionalidade, de posição política, religião, entre outros.

· Promover a inclusão social, fornecendo informações sobre direitos, redes de apoio, além de preparar para o trabalho e geração de renda.

 

 

3. PÚBLICO-ALVO E CONDIÇÕES DE ACESSO

 

· Pessoas com deficiência intelectual, física, sensorial ou múltipla, que possuam independência dependência leve ou moderada para atividades básicas da vida diária, e pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo nos níveis de suporte leve (I) ou moderado (II), entre 18 e 59 anos e 11 meses, com retaguarda familiar, que não apresentem necessidades de cuidados cotidianos de enfermagem, com condições para o convívio em grupo, conforme avaliação multiprofissional, priorizando:

· Cadastradas no CadÚnico;

· Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC)

 

Observações:

• A equipe do CREAS utilizará a Escala de Barthel para identificar o grau de dependência nas ABVD’s. O NPJ poderá ser acionado para fornecer suporte durante a avaliação.

• O grau de dependência para as ABVD’s refere-se à funcionalidade/habilidade física/motora e não deve ser confundido com a gravidade das necessidades de suporte/apoio de Pessoas com Deficiência Intelectual. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), essas necessidades variam entre leve, moderada, grave e profunda.

• Considerando o que preconiza a Lei Brasileira de Inclusão em seu Artigo 2º, § 1º:

A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

III - a limitação no desempenho de atividades; e

IV - a restrição de participação.

Sendo assim, o diagnóstico ou hipótese diagnóstica de uma deficiência não deve ser o único critério de identificação de público-alvo deste serviço. Salienta-se que uma Pessoa com Deficiência, assim identificada pelos parâmetros de uma avaliação biopsicossocial, só será considerada público-alvo do CDPcD caso suas demandas coadunem com a proposta do serviço. Ressaltando que pessoas com apenas o diagnóstico de Transtorno Mental não são público-alvo deste serviço socioassistencial.

 

 

4. FORMA DE ACESSO

 

Toda solicitação para inserção e regulação de vaga para atendimento no Centro Dia para Pessoa com Deficiência deve ser encaminhada e validada pelo CREAS de referência do serviço, que avaliará tecnicamente se a pessoa atende aos critérios de elegibilidade correspondentes a essa tipologia.

 

Até a inserção da pessoa com deficiência no Centro Dia, o CREAS continuará a acompanhar a família, caso haja demanda para a Proteção Social Especial. Após a inserção, a pessoa e a família serão acompanhadas pela equipe técnica do serviço.

 

Observação: A avaliação do perfil de atendimento neste serviço socioassistencial é de competência exclusiva dos trabalhadores da Política de Assistência Social (CREAS).

 

5. DIRETRIZES METODOLÓGICAS

 

Considerando o perfil dos usuários e do serviço, constituído por grupos de pessoas, jovens e adultos, com distintas deficiências, convivendo com variadas situações de risco por violação de direitos, far-se-á a oferta de atividades organizadas nas seguintes dimensões: desenvolvimento das relações interpessoais; fortalecimento de vínculos familiar, social e grupal e; aprimoramento dos cuidados pessoais.

 

a. Estratégias

 

· Escuta ativa e qualificada dos usuários e dos familiares/apoiadores;

· Oferecimento de atividades que promovam a socialização e estimulem o desenvolvimento da autonomia;

· Articulação com a rede;

· Desenvolvimento de métodos que articulem o serviço ofertado no Centro-Dia com os outros serviços que, porventura, os usuários frequentem, envolvendo a comunidade e a família;

· Desenvolvimento de metodologias e técnicas inovadoras e acessíveis que promovam o protagonismo da Pessoa com Deficiência na participação social, grupal, comunitária e familiar, favorecendo a ampliação dos ciclos sociais de relacionamento.

 

b. Ações

 

· Construção do Plano Individual de Atendimento (PIA) e do Plano de Acompanhamento Familiar (PAF), em conjunto com o usuário e família;

· Planejamento e realização de reuniões individuais e com os familiares;

· Encaminhamentos conforme as necessidades apresentadas (situações de violência, saúde, educação, cultura, esporte, transporte, entre outros);

· Realização de visitas técnicas domiciliares às famílias;

· Atendimento individual aos familiares/apoiadores e encaminhamentos, conforme necessidade;

· Atividades de socialização, com envolvimento coletivo e troca de experiências;

· Realização de reuniões e discussões técnicas em articulação com a rede (serviços socioassistenciais, equipamentos de saúde, educação) sobre os casos atendidos no serviço, principalmente os passíveis de acolhimento institucional;

· Garantir a participação efetiva da equipe nas capacitações referentes a temática da pessoa com deficiência para identificar as particularidades da violência contra esse público;

· Identificação das dificuldades e potencialidades para execução das atividades da vida diária e construção de estratégias, treinamentos e materiais capazes de colaborar para sua execução com o maior grau possível de independência. Estratégias que devem ser pensadas e compartilhadas com os familiares/apoiadores;

· Acompanhamento do Plano Individual de Atendimento (PIA) e do Plano de Acompanhamento Familiar (PAF), para construção do projeto de vida da pessoa com deficiência.

· Articulação em redecom o território para inclusão das pessoas com deficiência em atividades de lazer, cultura, educação e mercado de trabalho.

· Desenvolvimento de grade de atividades (oficinas, visitas) relacionadas a esporte/atividade física, lazer, cultura, educação, direitos da pessoa com deficiência, preparação para o mundo do trabalho e geração de renda;

· Estabelecer interface com as demais políticas públicas, para que não seja ofertado nas dependências do serviço, atividades de competência das outras políticas, mas buscar articulação para complementação das atividades ofertadas aos usuários e desenvolvimento conjunto de estratégias de intervenções com papéis definidos de cada membro da rede, para evitar sobreposições.

· Para se configurar como referência nos territórios e possibilitar reais condições de acesso à rede socioassistencial, os profissionais precisam conhecer e manter estreita articulação, especialmente com as unidades de referência do SUAS: CRAS, CREAS e Centro POP.

 

c. Trabalho social

 

O Trabalho social deve garantir a segurança do atendimento das demandas reais dos usuários, seus interesses, necessidades, possibilidades e a garantia de formas de acesso aos direitos sociais. Deve estar pautado na interdisciplinaridade, na medida em que exige respostas diversificadas e estrategicamente construídas coletivamente pelos profissionais implicados. Cabe à equipe do serviço consolidar um espaço de trabalho social que rompa com uma atuação tecnicista e viabilize a aglutinação de saberes, produzindo intervenções integradas e qualificadas.

 

O trabalho social, portanto, deve ser direcionado para as seguintes perspectivas: acolhida/recepção; escuta qualificada; munir o usuário de informação, comunicação e defesa de direitos; construção do Plano Individual de Atendimento – PIA/Plano de Acompanhamento Familiar – PAF; promover atividades de convívio e organização da vida cotidiana; orientação individual e sociofamiliar; referência e contrarreferência; avaliação socioeconômica; realização e manutenção de contato com familiares e/ou pessoas de referência; mobilização para a cidadania; articulação da rede socioassistencial; articulação com serviços de outras políticas; acompanhamento e monitoramento dos encaminhamentos realizados; elaboração de relatórios e manutenção de prontuários; apoio e fortalecimento das famílias em seu papel protetivo; apoio e orientação aos cuidadores familiares alertando para a importância do autocuidado; identificação de novas redes de apoio aos cuidadores familiares; mobilização da família de origem, da família ampliada e/ou estendida, e da comunidade para a superação das situações de isolamento social e das barreiras para a inclusão social; instrumentalização da pessoa com deficiência, assim como de seus familiares e/ou suas referências na busca pela efetivação de seus direitos; estimulo à participação das pessoas com deficiência e/ou suas referências nos espaços de controle social; estimulo à participação de pessoas sem deficiência nas atividades desenvolvidas no serviço, tendo como protagonistas as pessoas com deficiência, com vistas ao conceito da Inclusão Inversa/Reversa.

 

d. Trabalho socioeducativo

 

O trabalho socioeducativo deve ser planejado em cronograma semanal, mensal e anual, em instrumental vigente, com base no Plano de Trabalho proposto para o serviço e no PIA - Plano Individual de Atendimento, considerando a faixa etária e a individualidade das pessoas com deficiência; com foco na inclusão social e no desenvolvimento de habilidades para autonomia e independência, promovendo uma efetiva participação na dinâmica do serviço, da família e da comunidade.

 

Compreende: atividades de convívio social, incluindo a participação em atividades na rede pública e privada; atividades externas, envolvendo as pessoas com deficiência e suas famílias, em espaços da comunidade e da cidade, tais como parques, praças, espaços culturais, de lazer, esportivos, entre outros; promoção de eventos comemorativos; envolvimento da comunidade nas ações promovidas pelo serviço; oficinas socioeducativas e lúdicas; desenvolvimento de atividades para o exercício da autonomia e independência das pessoas com deficiência; realização de atividades para o desenvolvimento de habilidades e potencial laboral. Deve também desenvolver a autonomia por meio de vivências que ampliem as potencialidades do universo informacional e cultural, visando a criação de estratégias que diminuam os agravos decorrentes da dependência e do isolamento social promovendo a inclusão.

 

Trata-se, portanto, de um trabalho de empoderamento das famílias e de seus entes com deficiência, criando espaços de acolhida, troca de experiências e reflexão sobre o sentir, o pensar, o agir, as dinâmicas familiares, dentre outras reflexões, com a finalidade de construir coletivamente novas formas de promoção da autonomia e qualidade de vida da Pessoa com Deficiência e suas famílias.

 

e. Horas técnicas

 

 

Trata-se da prestação de serviço temporária e pontual, realizada por profissionais especializados nos diversos temas transversais inerentes ao trabalho social, sem vínculo empregatício com a Organização Social da Sociedade Civil (OSC) parceira da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), para a execução dos Serviços da Rede Socioassistencial. As horas técnicas, destinadas aos profissionais, devem estar em consonância com o Plano de Trabalho e abordar temas que surgem no cotidiano do trabalho, os quais necessitam de subsídios teóricos, metodológicos, operativos e éticos.

 

As horas técnicas devem ainda servir para a realização de mediação entre os profissionais do serviço e do contexto institucional, funcionando como facilitador do trabalho em equipe, para, por conseguinte atingir os seguintes objetivos: Qualificar a oferta dos serviços prestados; Fortalecer e alinhar o processo de trabalho em equipe; Apontar e orientar o melhor caminho para mapear as relações familiares e comunitárias; Fortalecer as habilidades e potencialidades existentes nos profissionais para incentivar um trabalho social que garanta qualidade nas intervenções realizadas no território para a consolidação dos programas sociais. Garantir que os seguintes temas sejam debatidos: políticas transversais relacionadas à população LGBTQIA+; misoginia; feminicídio; gordofobia; homofobia; racismo estrutural, ambiental e recreativo; violência doméstica e urbana; idadismo; bullying; capacitismo; entre outros.

 

Por fim, importa que os trabalhadores dos serviços sejam referência para os usuários, com base em conhecimentos técnicos, seguindo uma conduta ética, acolhedora, livre de julgamento, pautada na perspectiva do direito e que valorize a autonomia dos usuários, conforme preconiza a Política de Assistência Social.

 

f. Horas Oficinas

 

As horas oficinas devem ser garantidas na execução do serviço, na contratação de profissionais oficineiros, ofertando aos usuários oficinas com uma perspectiva propositiva para o desenvolvimento de comportamentos e habilidades adaptativas, para o alcance de independência e autonomia da Pessoa com Deficiência, e devem ser utilizadas conforme previsto no Plano de Trabalho e no Plano de Ação Semestral (PAS).

 

g. Conceitos Metodológicos (conceitos, instruções, ações descritas)

 

Partindo-se do pressuposto que as Pessoas com Deficiência em situação de dependência, que necessitam de apoio/suporte, estão mais sujeitas a situações de vulnerabilidade, compreendemos que a Política de Assistência Social, enquanto política pública articulada à outras políticas, possui o caráter de Proteção Social, na perspectiva da incompletude institucional, no atendimento à sociedade em momentos de suas vicissitudes, naturais ou sociais.

A proteção social deve garantir a segurança de sobrevivência (de rendimento e de liberdade); de acolhida; de convívio ou vivência familiar e comunitária; e do desenvolvimento de independência e autonomia.

O Centro Dia para Pessoas com Deficiência visa assegurar essas proteções ao oferecer espaços de escuta e acolhida, fortalecendo a pessoa com deficiência e suas famílias para o convívio familiar e comunitário.

 

h.1. Segurança de Acolhida

À pessoa com deficiência e sua família, deve ser garantida a escuta qualificada de suas demandas, interesses, necessidades e possibilidades, bem como orientações e encaminhamentos com o objetivo de aumentar o acesso a benefícios socioassistenciais e demais direitos sociais, civis e políticos.

A acolhida deve ocorrer por profissionais capacitados na atenção às pessoas com deficiência e suas famílias, de modo a garantir o acesso adequado dos usuários aos serviços. O ambiente deve ser agradável e possibilitar o acesso físico dos usuários, garantindo a privacidade e a preservação das individualidades.

É imprescindível que se mantenham prontuários individuais com registros sobre as ações, atendimentos individuais e/ou familiares, visitas domiciliares, atividades realizadas e evoluções de cada atendido, identificando as demandas das pessoas com deficiência atendidas e suas famílias e construindo coletivamente (pessoa com deficiência, família e profissional) um plano individual e familiar de atendimento.

A articulação com a rede socioassistencial deve ser permanente, mantendo estreita relação com o CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, bem como com o CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, visando à interface com a proteção básica no atendimento às famílias. O mesmo deve ocorrer em relação à articulação com a rede de serviços das demais políticas setoriais, com vistas ao encaminhamento e à provisão de demandas e necessidades apresentadas pelos usuários e suas famílias.

Desenvolver atividades a fim de estimular o comprometimento e participação familiar no processo de desenvolvimento da plena autonomia da pessoa com deficiência, e atividades que possibilitem intervenções a fim de minimizar ou mesmo cessar (se possível) o ciclo de isolamento, sobrecarga, culpa e impotência do cuidador familiar.

 

h.2. Segurança do Desenvolvimento da Independência e Autonomia

 

O desenvolvimento da independência e autonomia, tanto das pessoas com deficiência, quanto de suas famílias, deve ser construído com base em experiências pautadas no respeito próprio e aos demais, nos princípios da justiça e da cidadania, no desenvolvimento de potencialidades, na ampliação do universo informacional e cultural, em experiências de participação social.

 

Portanto, no atendimento às pessoas com deficiência é fundamental valorizar e priorizar uma prática que contribua com o desenvolvimento das suas potencialidades e formação pessoal, buscando o máximo de independência possível, com uma programação coerente com suas necessidades.

 

A vivência em grupos torna-se imprescindível para a experiência de relacionar-se e conviver, administrando-se conflitos por meio do diálogo, compartilhando outros modos de pensar, agir e atuar. Estes grupos devem garantir a socialização, incluindo-se, também, pessoas sem deficiência, de idades diferentes e da comunidade.

 

Investir nas possibilidades da pessoa com deficiência significa oferecer condições necessárias para o seu desenvolvimento pessoal, social e comunitário. Assim, para a construção do projeto socioeducativo voltado à pessoa com deficiência, é necessário o conhecimento das especificidades das deficiências. Para tanto, deverá ocorrer a formação continuada dos profissionais dos serviços, voltada a pessoas com deficiência, buscando a qualificação para o trabalho em equipe, com base na ética profissional de cada categoria, fatores essenciais para o desenvolvimento das ações.

 

h.3. Segurança de Convívio Familiar e Comunitário

 

As estratégias para o convívio familiar e comunitário possibilitam à pessoa com deficiência e sua família vivenciar situações de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. O conhecimento e o acesso à rede continuada de serviços garantem oportunidades para uma ação profissional que contribua na:

- Construção, restauração e fortalecimento de vínculos (familiar e comunitário);

- Organização de projetos pessoais e sociais de vida em sociedade.

Cabe aos profissionais a observação de situações familiares e sociais que levem à exclusão e/ou perda de relações motivadas por questões individuais, grupais, sociais por discriminação ou intolerância, efetivando ações que reduzam as situações de risco ou danos sociais.

O serviço tem um papel singular na vida da comunidade em desencadear ações que despertem o conhecimento sobre as deficiências, o respeito à diversidade e a importância e ganhos com a convivência inclusiva.

O trabalho desenvolvido se baseia no acompanhamento familiar, onde serão desencadeadas estratégias de atenção que considerem a singularidade e as vulnerabilidades de cada família.

Este trabalho deverá favorecer as trocas de experiências, informações e orientações sobre direitos e deveres, bem como a sensibilização por meio de conversas e debates, constituindo-se assimum local de aprendizado para a prática da cidadania.

Sempre que possível, o trabalho com famílias deve ocorrer na comunidade, fora do espaço do serviço, para que se evite criar uma relação de dependência, incentivando a autonomia das ações, fortalecendo-as para que conquistem maior grau de autonomia e independência e participação cidadã nos espaços de controle social (fóruns, conferências, conselhos, associação de moradores, e outros).

h.4. Equidade

 

 

Pensar, elaborar e desenvolver atividades que sejam inclusivas e, sobretudo, visem o princípio da Equidade, considerando a especificidade e grau de independência e autonomia de cada pessoa. No entanto, todos realizarão atividades de acordo com suas potencialidades.

 

i. Definições de Deficiências

i.1. deficiência física

 

Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto deformidades estéticas e aquelas que não comprometam o desempenho de funções.

 

i.2. deficiência sensorial:

 

A deficiência sensorial está relacionada a uma disfunção parcial ou total de algum dos cinco sentidos (audição, paladar, visão, olfato e tato) e pode se manifestar como:

 

I - deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

 

II - deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

 

i.3. deficiência intelectual:

 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – 5):

 

“Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) é um transtorno com início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. Os três critérios a seguir devem ser preenchidos:

A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados.

B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.

C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do desenvolvimento.

 

Nota: O termo diagnóstico deficiência intelectual equivale ao diagnóstico da CID-11 de transtornos do desenvolvimento intelectual. Embora o termo deficiência intelectual seja utilizado, ambos os termos são empregados no título para esclarecer as relações com outros sistemas de classificação. Além disso, uma Lei Federal dos Estados Unidos (Public Law 111-256, Rosa’s Law) substitui o termo retardo mental por deficiência mental, e periódicos de pesquisa usam deficiência intelectual. Assim, deficiência intelectual é o termo de uso comum por médicos, educadores e outros, além de pelo público leigo e grupos de defesa dos direitos.”

 

i.4. Transtorno do Espectro do Autismo

 

A Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

É considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica, assim caracterizada:

I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;

II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.

Em seu artigo 1º, § 2º, define que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – 5)”, caracteriza-se como:

 

“Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas ilustrativos, e não exaustivos; ver o texto):

1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais.

2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal.

3. Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos a dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares.

Especificar a gravidade atual:

A gravidade baseia-se em prejuízos na comunicação social e em padrões de comportamento restritos e repetitivos.”

 

j. Conceituações

 

j.1. dependência para as atividades da vida diária (AVD’s)

 

Compreende-se por dependência da pessoa com deficiência as barreiras resultantes da existência de uma condição de saúde (doença, transtorno ou lesão), associada à demanda por apoios e/ou cuidados. Para assegurar maior independência das pessoas com deficiência, devem ser desenvolvidas estratégias de cuidados e estímulos que potencializem o exercício das atividades básicas da vida diária por meio de suportes e apoios.

Conforme “Perguntas e Respostas sobre Centro Dia para Pessoa com Deficiência e sua Família – MDS (complementar)” – “Vale ressaltar que situação de dependência é, sobretudo, uma das resultantes da integração das pessoas com deficiência, meio onde vive e as barreiras existentes (barreiras naturais impostas pelo homem, arquitetônicas, atitudinais, de comunicação, transporte dentre outras)”.

 

j.2. autonomia

 

Conforme os “Novos Comentários à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” de 2014 “a pessoa com deficiência tem sua autonomia diferenciada dos interesses de outras pessoas que possam estar em seu entorno (pais, filhos, cônjuges, curadores etc). Há de se buscar o desejo e os interesses da pessoa com deficiência para as suas escolhas e decisões. E tais decisões devem se voltar pela independência, por uma vida independente” (Araújo 2014). Assim, entende-se que as pessoas com deficiência fazem as suas próprias escolhas e tomam decisões, usando suas funcionalidades físicas com mínima ou nenhuma ajuda de outras pessoas e/ou tecnologias, e assumem as consequências de suas decisões e ações ao longo de sua vida. Para o desenvolvimento ou potencialização da autonomia, devem ser ofertadas atividades socioeducativas propositivas e de interações sociais.

 

j.3. nível de suporte da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo

 

Compreende-se por níveis de suporte da pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo o tipo de apoio ou suporte necessário para realizar determinadas atividades. As pessoas que se enquadram no nível leve (I) de TEA, precisam de menos suporte, geralmente apresentam inflexibilidade de comportamento, interferindo no funcionamento de um ou mais contextos, dificuldades em trocar de atividade e problemas de organização e planejamento, que interferem na conquista da independência. Já as que estão no nível moderado (II), precisam de mais apoio para algumas atividades, geralmente apresentam inflexibilidade de comportamento, relutância em lidar com mudanças e ações restritas e repetitivas frequentes e sofrimento para mudar o foco ou ações. Enquanto aquelas que estão no nível grave ou severo (III), o tipo mais grave de autismo, precisam de muito suporte para realizar as atividades da vida diária, geralmente apresentam inflexibilidade de comportamento, dificuldade severa para lidar com mudanças e ações repetitivas e sofrimento para mudar o foco ou ações.

*referência – www.portaldoespectroautista.com.br

 

j.4. Atividades Básicas e Instrumentais da Vida Diária – As ABVD’s e as AIVD’s

 

Atividades básicas da vida diária (ABVD) são ações cotidianas, como alimentar-se, fazer a higiene pessoal, locomover-se até o banheiro, tomar banho, vestir-se, entre outras. Já as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) são mais complexas e essenciais para viver de maneira autônoma e independente, como fazer compras, pagar contas, utilizar meios de transporte, cozinhar, cuidar da própria saúde, manter sua própria segurança etc.

 

K. Plano Individual de Atendimento – PIA

 

Através de instrumental padronizado, o documento deverá ser construído com o usuário, família e/ou suporte social. O Plano Individual de Atendimento, deve ser revisado sempre que necessário ou em um prazo máximo de 6 meses.

 

L. Acolhimento Institucional

 

Considerando que entre os objetivos deste serviço está a prevenção da institucionalização, as pessoas com deficiência acolhidas em outros serviços públicos, particulares ou filantrópicos, não poderão ser atendidas ou permanecer no CDPcD.

 

 

6. RESULTADOS ESPERADOS

 

Redução do número de relatos/sinais e denúncias formais (Boletins de Ocorrência) de violência no contexto familiar e comunitário;

Vinculação e acompanhamento de 100% das famílias e apoiadores dos usuários do serviço;

Promoção de apoio aos familiares ou apoiadores da pessoa com deficiência, em seu papel nos cuidados;

· 100% das solicitações de acolhimento institucional analisadas e entendidas como último recurso cabível.

Garantia de estímulos à independência para atividades básicas de vida diária;

Construção de projeto de vida e promoção de conhecimento sobre direitos da pessoa com deficiência e redes de apoio;

Inclusão das pessoas com deficiência em atividades como lazer, esporte, cultura, educação, mercado de trabalho;

Oportunidades de socialização e vivência comunitária;

· 100% das necessidades de acesso ao ATENDE identificadas e encaminhadas.

 

7. FLUXOS

 

a. Fluxo de Encaminhamento

 

Segundo o Decreto Municipal no 58.103 de 26 de fevereiro de 2018, Art. 2º, são finalidades da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social:

I - formular, coordenar, implementar, executar, monitorar e avaliar políticas e estratégias para o Sistema Único de Assistência Social - SUAS no âmbito do Município, considerando a articulação de suas funções de proteção social, defesa social e vigilância social, observadas as disposições, normativas e pactuações interfederativas aplicáveis.

Dessa forma, a administração da lista de demanda das vagas do Centro Dia para Pessoas com Deficiência será realizada pelo CREAS de referência do serviço, com lisura, considerando a Lei Brasileira de Inclusão, a Lei nº 13.146/2015, e a data de conclusão da avaliação quanto ao perfil do usuário.

Após a avaliação social, estando o usuário dentro do perfil do serviço, o CREAS realizará a contrarreferência para que o usuário solicitante da vaga, ou familiar, procure os equipamentos de saúde do território, a fim de obter relatório ou laudo médico, com diagnóstico da deficiência, assim como relatório de enfermagem, caso já não os possua.

Ressalta-se que os perfis para atendimento no Centro Dia para Pessoas com Deficiência são de indivíduos com deficiência intelectual, física, sensorial ou múltipla com independência, dependência leve ou moderada para as atividades básicas da vida diária e pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo apresentando nível de suporte leve ou moderado.

Para subsídiar a avaliação do grau de dependência para as atividades básicas da vida diária, instituímos a “Escala de Barthel”.

Sobre o nível de suporte da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo, adotamos os parâmetros da Portaria Conjunta nº 7, de 12 de abril de 2022 do Ministério da Saúde, que “Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo”, ou normatização vigente sobre o tema. Para a avaliação de perfil da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo, é indispensável a apresentação de escala quanto à identificação do nível de suporte, de acordo com a Portaria mencionada: Escala Behavior Problems Inventory (BPI-S), ou uma equivalente.

 

O CREAS/NPJ recebe os relatórios de saúde, avalia o grau de dependência para atividades básicas da vida diária e, estando o usuário dentro do perfil para atendimento no serviço, o encaminha para o atendimento imediato, caso não haja vaga no momento, o nome da pessoa com deficiência será inserido em lista de espera, que será administrada pela unidade estatal – CREAS.

Até a disponibilização de vaga no serviço Centro Dia para Pessoas com Deficiência, cabe ao CREAS/NPJ a continuidade no acompanhamento da família, caso haja demanda para a Proteção Social Especial. Após o início do atendimento da pessoa no serviço CDPcD, o usuário e a família serão acompanhados pela equipe técnica do serviço.

 

Fluxograma

 

Com os relatórios da saúde, o CREAS/NPJ aplica a escala de Barthel para identificação do grau de dependência

 

 

CREAS recebe a demanda

 

CREAS/NPJ realiza Avaliação Social – identificação de perfil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pontos a serem considerados na avaliação de perfil para este serviço socioassistencial:

 

A análise de um relatório social ou de um laudo médico deve ser realizada considerando-se a singularidade da Pessoa com Deficiência, não desvinculada do histórico pessoal, familiar, social e afetivo.

Por isso, é importante que essa análise seja acrescida dos relatos multidisciplinares existentes e, inclusive, dos dados coletados a partir do contato com a própria pessoa com deficiência.

 

 

 

Observações sobre a singularidade da Pessoa com Deficiência:

 

Pessoas com Transtornos Mentais

 

Considerando a comum ocorrência de comorbidades de Transtornos Mentais nas Pessoas com Deficiência, principalmente as com deficiência intelectual e pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, e sendo os sintomas dos Transtornos Mentais, por vezes, desafiadores para os serviços socioassistenciais, vale frisar que o serviço Centro Dia para Pessoa com Deficiência, por ser um serviço executado pela Política de Assistência Social, possui limites quanto ao atendimento de casos em que a sintomatologia envolve quadros de agressividade e agitabilidade constantes e persistentes, assim como a de casos com sintomas não remissivos, como delírios, alucinações e comportamento persecutório. Portanto, casos em que se identifiquem sintomas de Transtornos Mentais devem ser sempre tratados como passíveis de uma avaliação multiprofissional mais qualificada, em conjunto com os equipamentos de saúde, considerando os critérios de elegibilidade dos serviços.

Sendo assim, na análise da singularidade da Pessoa com Deficiência, quando a mesma também for uma pessoa com Transtorno Mental, os encaminhamentos devem atender às suas reais necessidades, com o intuito de evitar uma condução segregacionista do caso, ou seja, considerando não apenas a existência de uma deficiência, mas sim o acolhimento da pessoa em um serviço adequado, para um atendimento efetivo e responsável, visando também garantir a segurança da Pessoa com Deficiência, dos outros usuários do serviço e dos trabalhadores.

Salienta-se que, a avaliação do perfil de atendimento neste serviço socioassistencial sempre será de competência da Política de Assistência Social (CREAS).

 

Pessoas com uso abusivo de Substâncias Psicoativas/Psicotrópicas

 

Pessoas com Deficiência que fazem uso de substâncias psicoativas/psicotrópicas são público-alvo para atendimento no Centro Dia para Pessoa com Deficiência, desde que que o uso não seja abusivo, causando prejuízos à execução de suas atividades básicas e instrumentais da vida diária, além de impacto na convivência coletiva. Por ser um serviço executado pela Política de Assistência Social, o Centro Dia para Pessoa com Deficiência possui limites no atendimento de pessoas com uso abusivo de substâncias psicoativas/psicotrópicas. Portanto, tais casos devem ser sempre tratados como passíveis de uma avaliação multiprofissional mais qualificada, em conjunto com os equipamentos de saúde, considerando os critérios de elegibilidade de serviço.

Assim, na análise da singularidade da Pessoa com Deficiência, quando esta também for uma pessoa que faça uso abusivo de substâncias psicoativas, os encaminhamentos devem atender às suas reais necessidades, com o intuito de evitar uma condução segregacionista do caso, ou seja, considera-se não apenas aa existência de uma deficiência, mas sim o acolhimento da pessoa em um serviço adequado para um atendimento efetivo e responsável, visando também garantir a segurança da Pessoa com Deficiência, dos demais usuários do serviço e dos trabalhadores.

Salienta-se que a avaliação do perfil de atendimento neste serviço socioassistencial sempre será de competência da Política de Assistência Social (CREAS).

 

a. Desligamento

 

MOTIVOS DE DESLIGAMENTO

 

· A pedido da pessoa com deficiência;

· Por solicitação da família, após avaliação da equipe técnica e Gestor de Parceria;

· Surgimento de comorbidades que exijam cuidados de enfermagem ininterruptos;

· Aumento do grau de dependência e/ou nível de suporte;

· Rompimento de vínculos familiares (encaminhamento para instituição de acolhimento);

· Extrapolação da idade limite;

· Excesso de faltas injustificadas (apurado conforme análise técnica de cada caso);

· Mudança de residência para local fora de abrangência de atendimento do serviço;

· Desligamento por avaliação da Equipe Técnica:

o Alcance do objetivo de desenvolvimento da independência e autonomia;

o Identificação de que o atendimento da pessoa com deficiência no serviço não está sendo propositivo;

o Alcance do objetivo de desenvolvimento ou fortalecimento do papel de cuidado da família;

 

Impossibilidade de acesso

 

· Quando não for público-alvo do serviço.

· Fora da abrangência do serviço, exceto em casos excepcionais e discutidos com a Coordenadoria de Proteção Social Especial.

 

Transferência

 

Em caso de mudança de residência do usuário para uma área fora da abrangência de atendimento do serviço, mas dentro do município de São Paulo, o CREAS de referência deverá intermediar a transferência, desde que o serviço esteja disponível na nova região de moradia da família.

 

 

 

 

8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

 

O Sistema Único da Assistência Social (SUAS), como sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, tem a função de gerenciar o conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. Entre seus princípios organizativos estão:

 

· Descentralização político-administrativa, com competências e comando único em cada esfera de governo;

· Normas operacionais básicas que estabelecem padrões de desempenho e de qualidade, além de referencial teórico-operativo;

· Sistema ascendente de planejamento através de planos municipais, estaduais e federal de Assistência Social, devidamente aprovados pelos respectivos Conselhos de Assistência Social;

· Sistema democrático e participativo de gestão e controle social.

 

Portanto, o acompanhamento, monitoramento e avaliação dos serviços ocorrem em duas instâncias complementares: pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, por meio do acompanhamento técnico realizado pelas Supervisões de Assistência Social e da planificação de dados pelo Observatório de Política Social; e, ainda, pelos serviços, nas avaliações realizadas por profissionais, usuários e seus familiares.

 

Na gestão do Banco de Dados do Observatório de Política Social, cabe aos serviços utilizar o instrumental de coleta de dados que é o Formulário de Monitoramento da Rede Socioassistencial (FMR), o qual produzirá dados agregados referentes aos atendimentos prestados, às atividades realizadas e aos usuários atendidos nos serviços da rede parceira de convivência e fortalecimento de vínculos que realizam atendimento especializado às famílias e aos indivíduos em situação de risco pessoal e social.

 

 

9. PROVISÕES ADMINISTRATIVAS, FÍSICAS E MATERIAIS

 

· Alimentação: lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, com padrões nutricionais adequados e adaptados a necessidades específicas;

· Imóvel com: recepção; sala para gerência apoio administrativo e para equipe técnica; sala para acolhida e escuta individualizada; sala de apoio para os profissionais cuidadores e educador social; sala(s) para atividades coletivas e comunitárias; ambientes para descanso; cozinha; refeitório; área reservada para acondicionamento de material de limpeza e higiene e áreas para atividades lúdicas, recreativas, de esporte e lazer;

· Acessibilidade, conforme parâmetros estabelecidos pela SMADS;

· Mobiliário adequado ao atendimento proposto;

· Materiais socioeducativos, pedagógicos, lúdicos, culturais e esportivos;

· Computador com configuração adequada para sistemas de dados e provedor de internet de banda larga;

· Veículo para transporte de usuários e realização de visitas domiciliares;

· Telefone para comunicação.

 

Observação: Pessoas que necessitem de veículos adaptados devem recorrer ao serviço ATENDE.

 

10. RECURSOS HUMANOS

 

 

Profissional/função

Escolaridade

Quantidade

Gerente de Serviço PSE

Ensino Superior, dentro das especificidades constantes na NOB/RH/SUAS e no artigo segundo da Resolução nº 17/2011, com experiência comprovada de trabalho com o público-alvo

01 (40h)

Técnico Social

Ensino Superior, com formação em Serviço Social

01 (30h)

Técnico Social

Ensino Superior, com formação em Psicologia

01 (40h)

Técnico Social

Nível superior, dentro das especificidades constantes na NOB/RH/SUAS e na Resolução nº 17/2011, prioritariamente Terapeuta Ocupacional (*)

01 (40h)

 

(*) O profissional T.O. cumprirá carga horária de 20h e assistentes sociais cumprirão carga horária de 30h

Cuidador Social

Ensino Médio

10 (40h)

Educador Social I

Ensino Médio

02 (40h)

Auxiliar
Administrativo

Ensino Médio

01 (40h)

Cozinheiro

Ensino Fundamental II

01 (40h)

Agente Operacional – Serviços Gerais

Ensino Fundamental I

02 (40h)

Agente Operacional – Cozinha

Ensino Fundamental I

02 (40h)

 

Horas técnicas

12h/mês

Horas Oficinas

4h/dia

 

 

11. ATRIBUIÇÕES

 

A) Gerente de Serviço PSE

 

· Gerenciar a equipe e os processos de trabalho, planejando ações e oferecendo suporte para as relações interpessoais;

· Debater com a equipe técnica estratégias e ferramentas teórico-metodológicas que possam qualificar o trabalho;

· Gerenciar as rotinas administrativas e registros nos sistemas de informação disponibilizados por SMADS;

· Elaborar o projeto político-pedagógico do serviço em conjunto à equipe técnica e demais trabalhadores;

· Participar da elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação dos fluxos e procedimentos adotados no cotidiano do serviço;

· Gerenciar a execução das ações, promovendo diálogo e participação dos profissionais e usuários;

· Coordenar a articulação com a rede socioassistencial, demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos;

· Organizar reuniões periódicas para discussão de casos e resolução de conflitos;

· Identificar as necessidades de capacitação da equipe e articular o uso das horas técnicas;

· Debater com a equipe técnica o uso das horas de oficinas;

· Participar de reuniões de planejamento promovidas pela SMADS e representar o serviço em outros espaços, quando solicitado;

· Manter constante articulação com o gestor da parceria, elaborando relatórios e outros documentos, sempre que solicitado.

· Coordenar o serviço, a equipe e a gestão de pessoas; planejar atividades; monitorar e realizar avaliação sistemática; articular parcerias e atuar como referência técnica.

 

B) Técnico Social

 

· Elaborar o Plano de Acompanhamento Individual ou Familiar em conjunto com a equipe de referência;

· Promover a participação dos usuários na construção dos planos individuais ou familiares de acompanhamento ou desenvolvimento e nas atividades desenvolvidas no serviço;

· Elaborar relatórios técnicos;

· Realizar encaminhamentos para outros serviços;

· Desenvolver estudos territoriais;

· Articular diversos atores da rede de proteção social e das demais políticas públicas;

· Desenvolver, em conjunto com a equipe técnica, ferramentas teórico-metodológicas para o trabalho;

· Identificar e encaminhar as demandas de famílias e indivíduos para cadastramento e atualização no CadÚnico;

· Zelar pela manutenção de prontuários e preencher os sistemas de monitoramento designados por SMADS;

· Planejar e acompanhar as atividades dos orientadores socioeducativos, estabelecendo a dinâmica de trabalho;

· Executar atividades que valorizem as experiências e contribuam para a sociabilidade, a autonomia e protagonismo;

· Desenvolver atividades que contribuam para o desenvolvimento de autonomia e sociabilidade dos usuários;

· Participar de reuniões de avaliação para manter ou redirecionar ações;

· Contribuir no planejamento e execução dos processos de trabalho, bem como nas atividades desenvolvidas junto aos usuários e suas famílias;

· Contribuir no planejamento do uso das horas oficinas.

 

b.1 – Assistente Social

 

· O trabalho da(o) profissional Assistente Social, também compreende:

· Elaboração de estudo social;

· Realização de estudos de caso em conjunto com os demais técnicos;

· Tomada de providências para obtenção de documentos pessoais;

· Elaboração de relatórios das atividades sob sua responsabilidade;

· Fortalecimento das relações dos usuários com seus familiares, prevenindo a institucionalização;

· Estimulação da convivência e participação social;

· Estimulação da participação da Pessoa com Deficiência e cuidadores/apoiadores nos espaços de controle social;

· Acompanhamento sociofamiliar por meio de atendimentos individuais e em grupo;

· Formação de grupos de famílias para trabalho em conjunto com os outros técnicos;

 

b.2 – Psicóloga(o)

 

O trabalho da(o) profissional de psicologia, também compreende;

· Avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva nos diferentes contextos individuais, grupais e familiares;

· Cooperar no manejo dos processos grupais, considerando as diferenças individuais e socioculturais dos usuários;

· Atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar;

· Formação de grupos de famílias para trabalho em conjunto com os demais técnicos;

· Acompanhamento dos usuários e das famílias dentro de seu âmbito de atuação;

· Planejamento, condução, monitoramento e gerenciamento de casos;

· Realização de estudos de caso em conjunto com os demais técnicos;

· Elaboração de relatórios das atividades sob sua responsabilidade;

· Utilizar o conhecimento científico inerente à formação profissional, contribuindo para o trabalho multiprofissional.

 

b.3 – Pedagoga(o)

 

 

· O trabalho da(o) profissional de pedagogia, também compreende:

· Acompanhamento dos usuários em seu âmbito de atuação;

· Orientação às famílias dos usuários;

· Atendimentos individuais e em grupo, tanto com os usuários quanto com suas famílias, individualmente ou em conjunto com outros membros da equipe do serviço;

· Participação nas atividades socioeducativas;

· Planejamento, condução, monitoramento e gerenciamento de casos;

· Realização de estudos de caso em conjunto com os demais técnicos;

· Desenvolvimento de ações socioeducativas, culturais e de lazer em conjunto com a equipe do serviço;

· Utilizar o conhecimento científico inerente à formação profissional, contribuindo para o trabalho multiprofissional.

 

 

b.4 – Terapeuta Ocupacional

 

 

O trabalho da (o) profissional de terapeuta ocupacional, também compreende:

· Atuar com base na sua participação em discussões que se realizam no âmbito das políticas públicas, sobretudo quanto às ações voltadas à prevenção da institucionalização e da segregação de pessoas com deficiência e de seus cuidadores;

· Desenvolver, junto a pessoas com deficiência, suas famílias e/ou cuidadores, atividades que fortaleçam os vínculos, a convivência, o respeito mútuo e a interdependência;

· Desenvolver atividades que atuem como instrumentos de valorização das potencialidades e capacidades das pessoas com deficiência e de seus familiares/cuidadores;

· Auxiliar no encaminhamento de pessoas com deficiência para equipamentos de saúde, cultura, esporte e lazer da comunidade, visando promover o acesso aos seus direitos, à obtenção de recursos, como transporte especial ou adaptado, e a aquisição de equipamentos de ajuda, como cadeira de rodas, órteses, andadores, entre outros;

· Realizar atividades junto à pessoa com deficiência visando a diminuição da condição de dependência ou de seu agravamento, estimulando suas possibilidades de autonomia, bem como as de seus cuidadores;

· Desenvolver atividades que promovam a criação e/ou expansão da rede de suporte social de pessoas com deficiência e seus familiares/cuidadores, visando apoiar a família, promover a diminuição das dificuldades que apresentam no âmbito das tarefas do cuidar e evitar a sobrecarga dos cuidadores;

· Utilizar o conhecimento científico inerente à formação profissional, contribuindo para o trabalho multiprofissional.

 

C) Cuidador(a) Social

 

· Zelar pela integridade física, emocional e mental dos usuários atendidos;

· Promover a autonomia e apoiar a organização da vida cotidiana dos usuários;

· Promover a convivência e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários;

· Contribuir para a elaboração e execução de Plano de Atendimento Individual/Familiar, bem como plano de acompanhamento após desvinculação;

· Realizar articulações com as demais políticas públicas, tendo em vista a garantia de direitos e a atenção às necessidades dos usuários;

· Executar cuidados básicos dos usuários, apoiando a realização das atividades da vida diária;

· Organizar o ambiente e planejar atividades adequadas ao grau de desenvolvimento, de dependência, habilidades e interesses dos usuários, conforme seu ciclo de vida;

· Auxiliar os usuários a lidar com sua história de vida, promover o fortalecimento da autoestima e construção da identidade.

 

Observação: Sobre cuidados básicos do usuário, entende-se como suporte/apoio para as atividades básicas e instrumentais da vida diária, ou seja, a execução das atividades é realizada em conjunto à pessoa com deficiência, e não para ela.

 

D) Educador Social I

 

· Promover atividades socioeducativas que fortaleçam a função protetiva da família, evitando o rompimento de vínculos familiares e comunitários;

· Promover a (re)construção da autonomia, da autoestima e do convívio, utilizando diferentes formas e metodologias que contemplem as dimensões individual e coletiva, levando em consideração as especificidades de cada etapa do ciclo de vida;

· Organizar oficinas e desenvolver atividades individuais e coletivas de vivência nas unidades e/ou comunidade, assegurando a participação social em todas as etapas do trabalho socioeducativo;

· Acompanhar, orientar e monitorar os usuários na execução das atividades;

· Participar de todas as etapas das atividades desenvolvidas pela equipe de referência, contribuindo para o planejamento, execução e avaliação das atividades;

· Apoiar a equipe de referência na identificação, registro e acompanhamento das necessidades e demandas, garantindo o sigilo das informações dos usuários;

· Ofertar subsídios à equipe de referência para o preenchimento do Plano de Acompanhamento Individual ou Familiar, visando garantir às famílias e aos indivíduos o usufruto de seus direitos.

 

 

E) Auxiliar Administrativo

 

· Desempenhar atividades de apoio à gestão administrativa;

· Apoiar as compras e a logística;

· Apoiar a produção de informações e manutenção dos registros atualizados nos sistemas de informação;

· Organizar e catalogar documentos, assegurando o sigilo das informações;

· Atendimento telefônico; suporte administrativo ao gerente; recebimento e despacho de documentos e correspondências; rotinas administrativas.

 

F) Cozinheira(o)

 

· Elaborar cardápio, em conjunto com o gerente, observando as orientações fornecidas pela SMADS, com vistas à garantia de segurança alimentar e nutricional;

· Preparar refeições de acordo com cardápio estabelecido;

· Preparar os alimentos de modo higiênico, de acordo com as normas da vigilância sanitária;

· Organizar e controlar o estoque;

· Prezar pela organização geral da cozinha e da despensa;

· Trabalhar seguindo normas de segurança, qualidade e proteção ao meio ambiente e às pessoas;

· Utilizar-se de capacidades comunicativas no desempenho das atividades.

 

 

G) Agente Operacional – Serviços gerais

 

· Prezar pela organização geral do serviço;

· Trabalhar seguindo normas de segurança, qualidade e proteção ao meio ambiente e às pessoas;

· Utilizar-se de capacidades comunicativas no desempenho das atividades;

· Garantia da higiene do espaço;

· Orientar as conviventes na organização, cuidados de higiene e limpeza dos espaços de uso coletivo.

 

H) Agente Operacional – Cozinha

 

· Prezar pela organização geral da cozinha e da despensa;

· Trabalhar seguindo normas de segurança, qualidade e proteção ao meio ambiente e às pessoas;

· Utilizar-se de capacidades comunicativas no desempenho das atividades;

· Manter o local limpo e adequado para a preparação da alimentação, atendendo às necessidades nutricionais;

· Promover a organização, limpeza e higienização do espaço da cozinha e da despensa, equipamentos e utensílios;

· Trabalhar seguindo as normas de segurança, higiene, qualidade e proteção ao meio ambiente e às pessoas.

 

12. REGULAMENTAÇÕES

 

· BRASIL. Congresso Nacional. Lei Federal n° 13.146 de 06 e julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, 2015.

· BRASIL. Congresso Nacional. Lei Federal n° 12.746 de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Brasília, 2012.

· BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 3.298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Brasília, 1999.

· BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 6949 de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, 2009.

· BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 7.612 de 17 de novembro de 2011. Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite. Brasília, 2011.

· BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 5.296 de 02 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2004.

· BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Resolução n° 34 de 28 de novembro de 2011. Define a Habilitação e Reabilitação da pessoa com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária no campo da assistência social e estabelece seus requisitos. Brasília, 2011.

· Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de atenção Especializada à Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Portaria Conjunta nº 7, de 12 de ABRIL de 2022. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo.

· Portaria 46/SMADS/2010 – Tipificação da Rede Socioassistencial e Regulação de Parceria da Política de Assistência Social.

· Portaria Conjunta nº 7, de 12 de abril de 2022 do Ministério da Saúde, que “Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo”

 

 

13. INSTRUMENTAIS

 

· Ficha de inscrição;

· Autorização para uso de imagem;

· Termo de desligamento;

· Termo de desistência;

· Plano Individual de Atendimento – PIA;

· Plano de Acompanhamento Familiar – PAF;

· Escala de Barthel.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FICHA DE INSCRIÇÃO

 

Data do início no serviço: ___/___/___ Órgão Encaminhador: _______________

 

DADOS PESSOAIS:

Nome:_______________________________________________________NIS:___________

Nome social: __________________________________Identidade de Gênero ____________

Data de nascimento: ___/___/____ Naturalidade: __________________ Etnia:__________

Religião_____________________________ Escolaridade: ___________________________

RG: ____________________Data de Emissão____/____/____CPF:_____________________

Sexo:_________________ Estado Civil: ______________________Nº Filhos: ___________

Telefone Fixo:( )______________Celular:( )_______________Recado:( )____________

Endereço:__________________________________________________________ Nº______

Bairro:_________________________ CEP:__________________ Cidade:_______________

Ponto de Referência da Moradia

___________________________________________________________________________

Como virá para o serviço:

___________________________________________________________________________

 

FONTE DE RENDA:

Aposentado ( ) Pensionista ( ) BPC ( ) PTR ( ) Outros: ___________________________

Renda familiar:_______________________________________________________________

IDENTIFICAÇÃO DO APOIADOR DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:

Nome:_____________________________________________________________________

Grau de parentesco: _____________________Observações:__________________________

Tel Fixo:( ) _______________Celular: ( ) _____________ Recado: ( ) ______________

Endereço:_______________________________________________________ Nº_________

Bairro:_________________________ CEP:______________ Cidade:___________________

Ponto de Referência da Moradia _________________________________________________

Dias e horários disponíveis para reuniões: _________________________________________

 

2º APOIADOR DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Nome:______________________________________________________________________

Grau de parentesco: _____________________Observações:__________________________

Tel Fixo:( ) _______________Celular: ( ) ______________ Recado: ( ) _____________

Endereço:________________________________________________________ Nº________

Bairro:___________________________ CEP:______________ Cidade:_________________

Ponto de Referência da Moradia

___________________________________________________________________________

 

COMPOSIÇÃO FAMILIAR:

 

Nome

Idade

Parentesco/Outros

Profissão

Escolaridade

Ocupação

Salário

Contato

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DADOS DE SAÚDE:

Cartão SUS:_________________________________UBS:____________________________

Possui assistência médica particular ( ) Sim ( ) Não Qual ___________________________

O domicílio é atendido por Programa de Saúde da Família ou similares? Qual _____________

1 - Principal queixa? __________________________________________________________

2 - Tem alergia a medicamentos? Sim ( ) Não ( ) Qual? ___________________________

3 - Faz uso de fraldas? Sim ( ) Não ( )

4 - Apresentou episódio de quedas? Sim ( ) Não ( ) Quando? ________________________

5 - Faz ou já fez uso de substância psicoativa? Sim ( ) Não ( ) Quais? _________________

6 - Já fez cirurgia? Sim ( ) Não ( ) Qual? _________________________Quando?________

7 - Possui algum tipo de doença? Sim ( ) Não ( ) ________________________________

8 - Alergia à alimentos? Sim ( ) Não ( ) Quais? __________________________________

9 - Restrições alimentares/ Líquidos? Sim ( ) Não ( ) Quais? _______________________

10 - Dentição completa: ( ) Sim ( ) Não

11 - Faz uso de prótese: ( ) Sim ( ) Não

12 - Tem dificuldade para deglutir: ( ) Sim ( ) Não

13 – Atividade que necessita de auxílio:

( ) Alimentação ( ) Deambulação ( ) Vestuário ( ) Medicação ( ) Higiene ( ) Outras ______

14 - Peso: __________ Altura:___________

15 - Possui qual deficiência?____________________________________________________

Auditiva ( ) Visual ( ) Intelectual ( ) Física ( ) Transtorno do Espectro Autismo ( )

16 - Possui dificuldade de locomoção? ___________________________________________

Muleta ( ) Bengala ( ) Andador ( ) Cadeira de rodas ( )

 

DADOS SOBRE MEDICAMENTOS

Faz uso de medicamento? Sim ( ) Não ( )

Data:____/____/_____ Preenchido por: ___________________ Técnico: _______________

 

 

Medicamento

Dosagem

Horário

1

 

 

 

2

 

 

 

3

 

 

 

4

 

 

 

5

 

 

 

6

 

 

 

7

 

 

 

8

 

 

 

9

 

 

 

10

 

 

 

 

 

Técnico (a) responsável pela entrevista:______________________________________

 

 

 

 

 

_____________________________________

Assinatura e carimbo do Centro Dia para Pessoa com Deficiência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGEM

 

 

Para o uso de imagem, autorizo o serviço Centro Dia para Pessoas com Deficiência, sem direito a qualquer tipo de indenização material ou moral ao uso de imagem da pessoa com deficiência em filmes e em publicidades, desde que relacionados ao âmbito dos locais de atendimento ou as atividades desenvolvidas pelo serviço.

 

____________________________ ______________________________

Assinatura da Pessoa com Deficiência Assinatura do Familiar /Responsável

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TERMO DE DESLIGAMENTO

 

A equipe técnica do Centro Dia para Pessoa com Deficiência com a Prefeitura do Município de São Paulo através da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, de acordo com os motivos de desligamento estabelecidos em Norma Técnica, Informa a decisão de desligamento do Sr.(a)___________________________________________________________

em decorrência de:

( ) A pedido da pessoa com deficiência;

( )Por solicitação da família, após avaliação da equipe técnica e Gestor de Parceria;

( ) Surgimento de comorbidades que exijam cuidados de enfermagem ininterruptos;

( ) Aumento do grau de dependência e/ou nível de suporte;

( ) Identificação de comportamentos agressivos, contínuos e persistentes;

( ) Rompimento de vínculos familiares (encaminhamento para Instituição de acolhimento);

( ) Extrapolação da idade limite;

( ) Excesso de faltas injustificadas (realizada a apuração de acordo com a análise técnica de cada caso);

( ) Mudança de residência para local fora de abrangência de atendimento do serviço;

 

Desligamento por avaliação da Equipe Técnica:

( )Alcance do objetivo de desenvolvimento da independência e autonomia;

( ) Identificação de que o atendimento da pessoa com deficiência no serviço não está sendo propositivo;

( ) Alcance do objetivo de desenvolvimento ou fortalecimento do papel de cuidado da família;

 

Sem mais,

Ciência:

Nome Completo da Pessoa com Deficiência ____________________________

 

Assinatura______________________________________________________

 

Nome Completo do apoiador responsável______________________________________________________

RG_____________________________________________________________

 

 

Assinatura do apoiador_____________________________________________

 

 

____________________________________________________ Assinatura e carimbo do Centro Dia para Pessoa com Deficiência

 

 

São Paulo____de______________ 20___

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TERMO DE DESISTÊNCIA

 

Venho notificar minha desistência a vaga do Centro Dia para Pessoa com Deficiência conveniado com a Prefeitura do Município de São Paulo através da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Informo que a decisão é pessoal e que estou ciente do cancelamento e que o retorno ao Serviço só acontecerá através de reavaliação do CREAS e disponibilidade de nova vaga.

Sem mais,

Nome Completo________________________________________________________

RG________________________________CPF_________________________

Endereço_______________________________________Bairro: _________________

Cidade São Paulo Estado São Paulo

Telefones_______________________________________________________

 

Assinatura_______________________________________________________

 

 

Nome Completo do apoiador responsável______________________________________________________

RG_____________________________________________________________

 

Assinatura do apoiador_____________________________________________

 

 

____________________________________________________ Assinatura e carimbo do Centro Dia para Pessoa com Deficiência

 

 

 

 

São Paulo____de______________ 20___

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CENTRO DIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA CDPcD

 

PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO – PIA

 

 

1. IDENTIFICAÇÃO

 

Nome do usuário:

 

Data de nascimento:

 

Idade:

 

Filiação:

 

 

 

Endereço da família:

 

 

 

 

2. INFORMAÇÕES SOBRE FAMILIARES / REDE DE APOIO COMUNITÁRIO:

 

Composição da Família / Dados Familiares:

 

Nome

D.Nasc.

Parentesco/

Vínculo

Serviço socioassistencial que o acompanha

Telefones p/contato

Demanda Apresentada

1.

 

 

 

 

 

 

 

2.

 

 

 

 

 

 

 

3.

 

 

 

 

 

 

 

4.

 

 

 

 

 

 

 

5.

 

 

 

 

 

 

 

6.

 

 

 

 

 

 

 

7.

 

 

 

 

 

 

 

8.

 

 

 

 

 

 

 

9.

 

 

 

 

 

 

 

10.

 

 

 

 

 

 

 

 

3. Proposta(s) para o PIA:

 

⮚ Interfaces com a rede executiva prevista no PIA:

 

 

Ação / encaminhamento necessário

A quem se destina

Órgão ou serviço indicado para o atendimento, discriminando a competência territorial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NOME DO RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES: _________________________

 

PARENTESCO COM O USUÁRIO: ________________________________________

 

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL:

 

NOME

FUNÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NOME DO SERVIÇO:

 

ENDEREÇO:

 

E-MAIL:

TELEFONE:

   

 

 

 

EIXO PESSOA COM DEFICIÊNCIA

 

1. Motivo do encaminhamento para o serviço:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

2. Histórico da pessoa: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3. Quanto à preservação e fortalecimento dos vínculos familiares:

 

3.1- Responsáveis pelo apoio nos cuidados do (a) usuário (a)

 

( ) genitora ( ) genitor ( ) avós maternos ( ) avós paternos ( ) tios maternos

 

( ) tios paternos ( ) irmãos

 

( ) outros _________________________

 

 

Justificativa / observações: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3.2- Disponibilidade/participação do apoiador, no serviço:

 

( ) semanais ( ) quinzenais ( ) mensais ( ) muito esporádicas

 

( ) outros _____________________________________

 

 

Justificativa/observações:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

3.3- Plano de ação para a preservação e fortalecimento dos vínculos familiares: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

4. Quanto à preservação e fortalecimento dos vínculos comunitários:

 

4.1 - O (A) usuário (a) participa da vida da comunidade?

( ) sim ( ) não

 

Citar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação para a preservação e fortalecimento dos vínculos comunitários:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. Observações quanto ao acesso aos direitos da pessoa com deficiência:

 

5.1 - acesso à documentação:

( ) sim ( ) não

 

Caso não possua:

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.2- acesso à serviços da assistência social:

 

Proteção Social Básica/PSB: ( ) sim ( ) não

 

Proteção Social Especial/PSE: ( ) sim ( ) não

 

BPC: ( ) sim ( ) não

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.3- acesso à saúde:

 

UBS de Referência:________________________________________________

 

Atenção básica: ( ) sim ( ) não

 

Atenção especial: ( ) sim ( ) não

 

Saúde mental: ( ) sim ( ) não

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.4- Acesso à educação

 

Formal: ( ) sim ( ) não

 

Nome da Escola: _______________________________________________________

 

Acesso a serviços complementares de educação: ( ) sim ( ) não

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.5 – Acesso ao transporte

( ) sim ( ) não

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.6- acesso à preparação para o mundo do trabalho / inserção no mundo do trabalho?

 

( ) sim ( ) não ( ) ainda não se aplica

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.7- acesso a cursos profissionalizantes e de formação complementar?

( ) sim ( ) não

 

Citar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

5.8 - acesso a atividades de esporte, cultura, lazer e outros?

( ) sim ( ) não

 

Citar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.9- Respeito aos direitos.

 

Há algum direito violado?

( ) sim ( ) não

 

Citar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5.10 - Capacidade jurídica e tomada de decisão apoiada

 

Tem conhecimento sobre a tomada de decisão apoiada?

( ) sim ( ) não

 

Citar:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

EIXO FAMÍLIA

 

1. Com relação ao acesso à assistência social:

 

1.1- Família encaminhada e acompanhada pelos serviços de Proteção Social Básica?

( ) sim ( ) não

 

Quais:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

1.2- Garantia de acesso a benefícios socioassistenciais?

( ) sim ( ) não

 

Quais:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

1.3- Família encaminhada e acompanhada pelos serviços de Proteção Social Especial/CREAS?

( ) sim ( ) não

 

Quais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

2. Com relação ao acesso aos serviços de saúde:

 

2.1- Atenção básica: ( ) sim ( ) não

 

Quais: _______________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2.2- Atenção especializada: ( ) sim ( ) não

 

Quais: _______________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2.3- Atenção à saúde mental: ( ) sim ( ) não

 

Quais: ______________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3. Acesso aos serviços de educação formal e / ou cursos de formação complementar:

( ) sim ( ) não

 

Quais: _______________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

4. Estímulo ao acesso à profissionalização e/ou (re) inserção no mundo do trabalho:

( ) sim ( ) não

 

Especificar: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

5. Inserção da família em atividades esportivas, culturais e de lazer:

( ) sim ( ) não

 

Quais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

6. Promoção de ações/procedimentos que permitam o fortalecimento dos vínculos familiares

( ) sim ( ) não

 

Quais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Justificativa: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Plano de ação:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

7. Opinião do atendido sobre o PIA (apontar se há concordância ou não com as propostas, se houve participação ativa na formulação do plano, considerando suas possibilidades):

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

8. OPINIÃO DA FAMÍLIA sobre o PIA e o Centro Dia para Pessoa com Deficiência:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

Assinaturas:____________________________________________________

 

 

RESUMO DA AVALIAÇÃO DAS AQUISIÇÕES DO USUÁRIO, CONSIDERANDO:

 

1. Sociabilidade: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2. Autonomia:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3. Vínculo comunitário:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

4. Vínculo familiar:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. Desenvolvimento de habilidades para a vida cotidiana (AVD / AVP):

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

6. Desenvolvimento de habilidades para o trabalho:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

7. Inserção na rede socioassistencial

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

8. Inserção na rede de outras políticas públicas

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

RESUMO DAS AQUISIÇÕES DA FAMÍLIA, CONSIDERANDO:

 

Demandas apresentadas, orientações e encaminhamentos realizados:

 

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

 

 

 

São Paulo, _______/___________/_____

 

 

 

 

 

 

 

Plano de Acompanhamento Familiar

Informações da família

 

 

Nome do Responsável Familiar:

 

 

 

CPF:

 

 

Data de Nascimento:

 

Sexo:

Telefone residencial:

 

 

 

Endereço:

 

 

 

Número NIS:

 

 

Logradouro

 

 

 

 

 

Bairro

 

CEP

 

 

 

 

 

 

 

 

Composição familiar

Nome

Data de Nascimento

Grau de parentesco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo Social

 

 

Informado em:

 

Demandas identificadas:

 

Potencialidades:

 

 

 

Objetivos

 

 

Informado em

 

Objetivos

 

 

 

Estratégias

 

 

Informado em

 

Estratégias

 

Recursos a serem mobilizados no território

 

 

Avaliação

 

Vulnerabilidades

 

 

 

 

Marcar quando superada

-

 

 

 

-

 

 

-

 

 

 

-

 

 

-

 

 

 

-

 

 

-

 

 

 

-

 

 

-

 

 

 

-

 

 

-

 

 

 

-

 

 

Assinaturas

 

 

 

_____________________________

______________________________

Responsável Familiar

Profissional do SUAS

 

 

 

_____________________________

______________________________

Profissional do SUAS

Responsável Familiar

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESCALA DE BARTHEL

 

 

NOME:________________________________________

IDADE:____

DATA: ___ / ___ / ___

 

 

Avalia as atividades básicas da vida diária, necessárias para a independência em autocuidado, a deterioração implica a necessidade de assistência de outra pessoa.

 

A avaliação das atividades não é dicotômica, pois não permite avaliar situações intermediárias.

 

 

 

 

Pontos

Âmbito da avaliação

Alimentação

 

10

Independente: Capaz de utilizar qualquer instrumento necessário, alimenta-se em um tempo razoável, capaz de cortar o alimento, usa temperos, passa manteiga no pão, etc. Sozinho.

5

Necessita de ajuda: Por exemplo, para cortar o alimento, passar manteiga no pão, etc.

0

Dependente: Necessita ser alimentado.

 

Banho

 

5

Independente: Capaz de lavar-se por inteiro, usando o chuveiro ou banheira, permanecendo em pé e se ensaboando com a esponja por todo o corpo. Inclui entrar e sair do chuveiro / banheira sem a necessidade de uma pessoa presente.

0

Dependente: Necessita de alguma ajuda.

 

Vestir-se

 

10

Independente: Capaz de vestir-se e arrumar-se na roupa. Amarra os sapatos, abotoa os botões etc. Coloca coletes e cintas inguinais.

5

Necessita de ajuda: Faz todas as tarefas em um tempo razoável.

0

Dependente: Incapaz de arrumar-se, sem assistência maior.

 

Asseio Pessoal

 

5

Independente: Realiza todas as tarefas (Lavar as mãos, rosto, cabelo, etc). Inclui barbear-se e escovar os dentes. Não necessita de nenhuma ajuda, inclusive plugar o barbeador elétrico na tomada se for o caso.

0

Dependente: Necessita de alguma ajuda.

 

Evacuação

10

Continente: Nenhum acidente, se necessita enema ou supositórios pode fazer por si mesmo.

5

Acidente ocasional: Raro (Menos de uma vez por semana, ou necessita de ajuda com supositório).

0

Incontinente.

 

Micção

 

10

Continente: Nenhum acidente: Seco durante o dia e a noite. Capaz de usar qualquer dispositivo (Catéter). Se necessário, será capaz de trocar a bolsa coletora de urina.

5

Acidente Ocasional: Menos de uma vez por semana. Necessita ajuda com fraldas.

0

Incontinente.

 

Uso do Vaso Sanitário

 

10

Independente. Entra e sai sozinho. É capaz de tirar e colocar as roupas, limpar-se e prevenir manchas nas roupas, esvaziar e limpar a comadre. Capaz sentar-se e levantar-se sem ajuda ou pode usar barras de suporte.

5

Precisa de Ajuda: Necessita de ajuda para manter-se em equilíbrio limpar-se ou tirar a colocar e roupa.

0

Dependente: Incapaz de manejar-se sem assistência maior.

 

Transferência da cama para a cadeira / poltrona

 

15

Independente: Não necessita de ajuda. Se utilizar cadeira de rodas, faz de forma independente.

10

Mínima ajuda: Inclui supervisão verbal e pequena ajuda física (Por exemplo, oferecido(a) pelo (a) conjugue).

5

Grande ajuda: Capaz de sentar-se sem ajuda, mas necessita de muita assistência para sair da cama.

0

Dependente: Necessita de apoio completo para levantar-se com a ajuda de duas pessoas. Incapaz de permanecer sentado.

 

Deambulação

 

15

Independente: Pode utilizar qualquer tipo de auxiliar para marcha (Próteses, bengalas, muletas etc.). Exceto andador. A velocidade não é importante. Pode caminhar pelo menos 50 metros ou equivalente sem supervisão ou ajuda.

10

Necessita de ajuda: Supervisão verbal ou física, incluindo instrumentos ou outras formas de ajuda para permanecer de pé. Deambula por 50 metros.

5

Independente em cadeira de rodas: Impulsiona sua cadeira de rodas pelo menos 50 metros. Vira a cadeira em cantos apenas.

0

Dependente: Requer ajuda maior.

 

Degraus

 

10

 

Independente: Capaz de subir / descer um andar com escadas sem ajuda ou supervisão mesmo utilizando o corrimão ou outros instrumentos de apoio.

5

Necessita de ajuda: Supervisão Verbal ou Física.

0

Dependente: Necessita de ascensores (Cadeira elevador), não pode subir degraus.

Total

Soma simples do resultado de cada item.

Pontuação: 100-0

Ponderação

 

° Dependência total: Pontuação menor de 20

° Dependência grave: Pontuação de 20 a 35

° Dependência moderada: Pontuação de 40 a 55

° Dependência leve: Pontuação igual ou > maior de 60

 

 

 

_______________________________

ASSINATURA E CARIMBO

 

 

logotipo

Decio Fernando Moreira de Matos
Secretário(a) Adjunto(a)
Em 12/12/2024, às 13:12.


A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://processos.prefeitura.sp.gov.br, informando o código verificador 116051391 e o código CRC A3612693.


Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo