CASA CIVIL DO GABINETE DO PREFEITO

Acessibilidade

PARECER PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO - PGM Nº 12.018 de 4 de Julho de 2019

EMENTA N° 12.018
Patrimônio imobiliário. Área pública municipal. Ocupação por escola estadual. EE "Professor Francisco Antonio Martins Júnior". Regularização. Permissão de uso. Admissibilidade.

Processo n° 2015-0.154.501-5

INTERESSADO: Governo do Estado de São Paulo

ASSUNTO: Cessão de área municipal.

Informação n° 0964/2019-PGM.AJC

COORDENADORIA GERAL DO CONSULTIVO

Senhor Procurador Coordenador

Trata-se da ocupação de área pública municipal pela Escola Estadual "Professor Francisco Antonio Martins Junior", localizada na Rua Rocha Medrano, altura do número 32.

Conforme indicado a fis. 23, o imóvel em questão é formado pela área 1M do croqui 300.620.

Trata-se de próprio municipal com origem em desapropriação de área de 5.579 m2 (DUP 12.601/1976), com imissão na posse em abril de 1976.

A Prefeitura Regional do Campo Limpo informou que nada tem a opor à regularização da ocupação (fis. 37/38).

O DEUSO, por sua vez, esclareceu que o uso "Escola Estadual" é enquadrado como nR2-8 (serviços públicos sociais de médio porte), permitido em Área Institucional ambiental (Ala), com base no Quadro 4 da Lei 16.402/16) (fls. 31/32).

É o relatório.

A Lei Orgânica do Município admite o uso de bens municipais por terceiros quando o interesse público ou social, devidamente justificado, o exigir (art. 114, caput). O § 3º do mesmo dispositivo, por sua vez, considera de interesse social a prestação de serviços públicos voltados ao atendimento das necessidades básicas da população em educação, entre outras.

A respeito da permissão de uso, que é a forma usual de cessão de bens municipais à Fazenda do Estado, a LOM determina que poderá incidir sobre qualquer bem público e será formalizada por termo administrativo, independentemente de licitação e sempre por prazo indeterminado (art. 114, § 4º).

Já o Decreto n° 52.201/11, ao disciplinar os pedidos de cessão de bens municipais, admite a outorga de permissão de uso à Fazenda do Estado para uso no serviço público (art. 2º, inciso II, alínea a).

Por fim, a onerosidade das cessões de áreas públicas estabelecida pela Lei n° 14.652/07, com a redação conferida pela Lei n° 16.373/16, não alcança as cessões de áreas a entidades públicas para a prestação de serviços públicos, ficando afastada também, nesses casos, a imposição de cláusulas penais (Informação n° 801/2016-PGM-AJC).

Diante de todo o exposto, entendo que não existe obstáculo jurídico à outorga de permissão de uso da área em questão, a título precário e gratuito, à Fazenda do Estado, para o funcionamento da unidade escolar em questão, devendo a Comissão do Patrimônio Imobiliário do Município recomendar ao senhor Prefeito o que julgar conveniente.

.

São Paulo, 04/07/2019.

RODRIGO BORDALO RODRIGUES

PROCURADOR ASSESSOR - AJC

OAB/SP 183.508

PGM

.

De acordo.

.

São Paulo, 11/07/2019.

TICIANA NASCIMENTO DE SOUZA SALGADO

PROCURADORA ASSESSORA CHEFE - AJC

OAB/SP 175.186

PGM

.

.

Processo n° 2015-0.154.501 -5

INTERESSADO: Governo do Estado de São Paulo

ASSUNTO: Cessão de área municipal.

Cont. da Informação n° 0964/2019-PGM.AJC

SMDU/AJ

Senhora Chefe da Assessoria Jurídica

Restituo estes autos com a manifestação da Assessoria Jurídico-Consultiva da Coordenadoria Geral do Consultivo, que acompanho, no sentido de que não existe obstáculo jurídico à outorga de permissão de uso da área em questão, a título precário e gratuito, à Fazenda do Estado, para o funcionamento da unidade escolar, devendo a Comissão do Patrimônio Imobiliário do Município recomendar ao senhor Prefeito o que julgar conveniente.

.

São Paulo, 15/07/2019.

TIAGO ROSSI

PROCURADOR DO MUNICÍPIO

COORDENADORIA GERAL DO CONSULTIVO

OAB/SP 195.910

PGM

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo