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PORTARIA SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES - SMT/DTP Nº 149 de 22 de Abril de 2004

Manual de Vistoria, que contém os procedimentos para a inspeção veicular.

Portaria n.º 149/2004-DTP.GAB

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES PÚBLICOS, no uso das atribuições que lhe são conferidas por Lei,

CONSIDERANDO a lei 10.154 de 07 de Outubro de 1986 e suas subsequentes alterações que dispõem sobre as características do veículo utilizado no serviço de transporte escolar,

CONSIDERANDO ainda, a necessidade de padronizar as vistorias dos veículos e acessórios da modalidade escolar.

RESOLVE:

Artigo 1º - Deverá ser observado, quando da vistoria dos veículos, os requisitos traçados no Manual de Vistoria, que contém os procedimentos para a inspeção veicular, composto por:

I - Manual de Inspeção Veicular, conforme Anexo A;

II - Relatório de Inspeção Veicular, conforme Anexo B;

III - Descritivo de Avaliação por evento da modalidade escolar, nos termos do Anexo C;

IV - Comprovante de Execução de Inspeção, conforme Anexo D.

Artigo 2º - Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

OBS: ANEXOS VIDE DOM DE 24/04/04 P. 32 E SEGUINTES

PORTARIA 149/04 - DTP/SMT

RETIFICAÇÃO DOS ANEXOS A E B DA PORTARIA 149/04-DTP.GAB POR TEREM SAIDO COM INCORREÇÃO NO DOM DE 24/04/04:

ANEXO A - MANUAL DE INSPEÇÃO VEICULAR

A) OBJETIVO:

Este Manual tem por finalidade estabelecer a metodologia para a inspeção de veículos da modalidade Transporte Escolar.

B) CAMPO DE APLICAÇÃO:

Este Manual aplica-se à inspeção de veículos da modalidade Transporte Escolar, bem como, para preenchimento do Relatório de Inspeção Veicular.

C) INSPEÇÃO DE SEGURANÇA VEICULAR

1. IDENTIFICAÇÃO :

1.1 Método utilizado: inspeção visual.

1.2 Inspeção:

Verificar as informações constantes no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo(CRLV) quanto:

a) a marca, o ano de fabricação, o modelo e a versão do veículo. Verificar se coincide com o veículo.

b) o número de identificação do veículo (VIN); Comparar o número VIN do CRLV com o da gravação do veículo. Verificar na gravação se existe vestígio de adulteração ou presença de solda na superfície. Tirar um decalque da gravação do VIN e arquiva-lo. Verificar as gravações nos vidros e etiquetas destrutíveis nos locais conforme determinação das resoluções do CONTRAN.

c) a cor predominante do veículo;

d) as placas: caracteres, dimensões, cor, lacre, legibilidade e fixação;

e) o tipo de combustível;

Verificar se o veículo foi submetido a reformas que tenham alterado suas características originais, sem a devida autorização legal.

2. EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS CONFORME CTB.

2.1 Método utilizado: inspeção visual e mecanizada.

Demais equipamentos obrigatórios, não citados neste item, encontram-se nos itens específicos sobre o assunto.

2.2 A inspeção deve abranger os seguintes itens:

a) pára-choques;

b) espelhos retrovisores;

c) limpador e lavador de pára-brisa;

d) pára-sol;

e) velocímetro;

f) buzina;

g) cintos de segurança;

h) extintor de incêndio;

i) triângulo de segurança;

j) ferramentas;

k) estepe;

l) tacógrafo;

m) cinto de segurança para árvore de transmissão;

n) lacre da bomba injetora;

o) rodas;

p) luzes intermitentes de sinalização de veículo

q) vidros

r) Encosto de cabeça

s) Pintura

t) Dispositivos próprios para a quebra ou remoção de vidros em caso de acidente.

u) Grade tubular

v) Publicidade

w) Identificação visual

2.2.1 Pára-choques

Verificar, posicionamento, fixação, corrosão, deformações e saliências cortantes.

 

2.2.2 Espelhos retrovisores

Verificar estado geral, fixação, ajuste e visibilidade.

2.2.3 Limpadores e lavadores de pára-brisa

Verificar estado geral, fixação, deformações, conformidade dos limpadores/lavadores com o veículo e funcionamento.

2.2.4 Pára-sol

Verificar regulagem e fixação.

2.2.5 Velocímetro

Verificar existência, integridade aparente.

2.2.6 Buzina

Verificar funcionamento.

2.2.7 Cintos de segurança

Verificar conformidade, estado geral, fixação, quantidade dos cintos e funcionamento dos fechos.

2.2.8 Extintor de incêndio

Verificar estado geral, conformidade, fixação, localização, validade e pressão interna.

Escolar: Extintor de incêndio com carga de pó químico seco ou de gás carbônico de quatro quilos, fixado na parte dianteira do comportamento destinado a passageiros.

2.2.9 Triângulo de segurança

Verificar existência e estado geral.

2.2.10 Ferramentas

Verificar existência e conservação.

2.2.11 Estepe

Verificar conformidade, estado geral e fixação.

2.2.12 Tacógrafo

Verificar existência e lacre.Obrigatório para todos os veículos de Transporte Escolar.

2.2.13 Cinto de segurança da árvore de transmissão

Verificar estado geral e fixação.

2.2.14 Lacres da bomba injetora (motores diesel)

Verificar existência ou adulteração.

2.2.15 Rodas

Verificar existência de rodas e se sobressaiam à carroçaria.

2.2.16 Vidros

Verificar conformidade. Em veículos fabricados a partir de 07/1994 é obrigatório o uso de pára-brisas laminados. Independentemente a data de fabricação do veículo, aqueles que por ventura necessitem ter o pára-brisa original substituído deverão ter a reposição feita por pára-brisas laminado.

Verificar em veículos de Transporte Escolar a existência de limitadores de abertura dos vidros laterais corrediços. A abertura máxima deve ser de dez centímetros.

2.2.17 Encosto de cabeça

Verificar a existência, quantidade e estado de conservação.

2.2.18 Pintura

Verificar estado de conservação.

2.2.19 Dispositivos próprios para a quebra ou remoção de vidros em caso de acidente.

Verificar e existência.

2.2.20 Grade tubular

Verificar a existência, conservação e fixação.

O veículo da marca Volkswagen, modelo Kombi, deverá estar equipado com grade tubular afixada em seu interior, de forma a separar o compartimento traseiro sobre o motor do espaço destinado aos bancos.

2.2.21 Identificação Visual

Verificar a existência e a conformidade com a legislação pertinente.

Verificar a existência de faixa horizontal, na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com dístico ESCOLAR, padrão Helvetica Bold, em preto,com altura de vinte a trinta centímetros. Em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas. É permitida a utilização de faixa adesiva em substituição à pintura.

Vedada a utilização de faixa imantada, magnética ou a utilização de qualquer outro dispositivo que possa retirá-la, de forma temporária ou definitiva.

Faixa adesiva -

Verificar a existência da faixa adesiva, de vinte centímetros por vinte centímetros, afixada na parte interna do vidro dianteiro, à direita do condutor, parte superior, expressando de forma visível a capacidade máxima de lotação permitida pelo órgão de trânsito para o transporte exclusivamente escolar.

3 SINALIZAÇÃO

3. 1 Método utilizado: inspeção visual

3.2 A inspeção de segurança veicular deve abranger os seguintes itens:

a) lanternas indicadoras de direção;

b) lanternas indicadoras de posição;

c) lanternas de freio;

d) lanterna de freio elevada;

e) lanternas de marcha a ré;

f) lanternas delimitadoras e lanternas laterais;

g) luzes intermitentes de advertência;

h) retrorefletores.

i) lanternas delimitadoras para veículos de Transporte Escolar

3.2.1 Lanternas indicadoras de direção

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.2. Lanternas indicadoras de posição

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.3. Lanternas de freio

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.4. Lanterna de freio elevada (quando existente)

Em caso de sua existência, verificar quanto ao estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.5. Lanternas de marcha-à-ré

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

NOTA.:Existência obrigatória para veículos leves e pesados fabricados a partir de 1º de janeiro de 1990.

3.2.6. Lanternas delimitadoras e lanternas laterais

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.7. Luzes intermitentes de advertência (quando obrigatórias)

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

3.2.8. Retrorefletores

Verificar o estado geral, posicionamento e cor da luz refletida.

3.2.9. Lanternas delimitadoras para veículos de Transporte Escolar

Verificar a existência de Lanternas de luz branca, fosca ou amarela, dispostas nas extremidades da parte superior dianteira, e de luz vermelha nas extremidades da parte superior traseira.

4. ILUMINAÇÃO

4.1 Método utilizado: inspeção visual e mecanizada

O método de inspeção mecanizado e o respectivo equipamento utilizado para sua execução são aqueles definidos na Norma NBR 14040/98 da ABNT.

4.2 Equipamentos

Para a inspeção mecanizada, são necessários os seguintes equipamentos:

a) Regloscópio;

b) Sistema de ar comprimido;

c) Calibrador de pneus.

4.3 A inspeção de segurança veicular deve abranger os seguintes itens:

a) faróis principais;

b) faróis de neblina (uso facultativo);

c) faróis de longo alcance (uso facultativo);

d) lanterna de iluminação de placa traseira;

e) luzes do painel;

f) iluminação interna/degraus

4.3.1 Faróis principais

4.3.1.1 Inspeção visual

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento, cor da luz emitida e comutação elétrica.

4.3.1.2 Inspeção mecanizada

Verificar a regulagem dos faróis, conforme indicações a seguir:

a)calibrar os pneus, conforme recomendações do fabricante do veículo;

b)posicionar o regloscópio, conforme recomendações do fabricante do aparelho e ajustar a medida "e", conforme a tabela 1;

c)os faróis devem ser inspecionados individualmente, com o motor do veículo em funcionamento;

d)verificar a intensidade luminosa dos faróis baixos; intensidade máxima permitida de 1 lux, na faixa escura;

e)verificar os alinhamentos horizontal e vertical dos faróis baixos. Uma regulagem correta deve proporcionar uma região claro/escura, cujo limite deve coincidir com as linhas de referência do regloscópio;

f)os centros dos fachos luminosos dos faróis altos devem coincidir com a marca central da tela do regloscópio.

4.3.2 Faróis de neblina (uso facultativo)

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento, regulagem e cor da luz emitida.

NOTAS:

a) O funcionamento deve ser independente dos faróis de luz alta e baixa;

a) Os procedimentos de aferição da regulagem estão descritos em 4.3.1.2.

4.3.3 Faróis de longo alcance (uso facultativo)

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento, regulagem e cor da luz emitida.

NOTAS:

a) O funcionamento somente deve ser possível com os faróis de luz alta ligados;

b) Os procedimentos de aferição da regulagem são aqueles dos faróis principais, descritos em 4.3.1.2, alíneas a), b), c) e f).

4.3.4 Lanterna de iluminação da placa traseira

Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.

NOTA:A lâmpada deve acender simultaneamente às lanternas indicadoras de posição.

4.3.5 Luzes do painel

Com as lanternas de posição e o motor ligados, verificar o funcionamento das luzes de iluminação do painel e lâmpadas-piloto do farol de luz alta e das lanternas indicadoras de direção (pisca-pisca).

4.3.6 Iluminação Interna/Degraus

Com os respectivos comandos acionados verificar o correto funcionamento, adequação e conservação.

5 SISTEMA DE FREIOS

5.1 Método utilizado: inspeção visual e mecanizada.

O método de inspeção mecanizado e o respectivo equipamento utilizado para sua execução são aqueles definidos na Norma NBR 14040/98 da ABNT.

5.2 Definições

5.2.1 Eficiência de frenagem por roda

A eficiência de frenagem por roda é a relação percentual entre a força de frenagem medida em uma roda e o peso incidente nessa roda, expressa pela seguinte fórmula:

Er = Fr/Pr x 100

 

onde:

Er - eficiência de frenagem por roda do veículo;

Fr - força de frenagem medida nessa roda;

Pr - peso incidente nessa roda, no instante do teste, expresso na mesma unidade

de medida que a força de frenagem.

5.2.2 Eficiência total de frenagem

Relação percentual entre a força total de frenagem e o peso total do veículo, expressa pela seguinte fórmula:

Et = Ft/Pt x 100

ONDE: Ft = Soma de todas as forças de frenagem medidas em cada uma das rodas do veículo,

em Newtons.

Pt = Peso do veículo (soma dos pesos incidentes em cada uma das rodas) no instante do ensaio, expresso na mesma unidade de medida que a força de frenagem (Newtons).

5.2.3 Desequilíbrio de frenagem - D

Relação percentual entre a maior diferença das forças de frenagem medidas simultaneamente nas rodas de um mesmo eixo e a força de frenagem de maior valor neste eixo, expresso pela seguinte fórmula:

D = (F - f)/F x 100

onde:

F = maior força de frenagem medida na roda de um eixo, em Newtons.

f = menor força de frenagem medida na roda de um eixo, em Newtons.

5.3 Equipamentos

São necessários os seguintes equipamentos para as verificação :

5.3.1 Para veículos leves:

a) frenômetro para veículos leves ou frenômetro de uso misto;

b) dispositivo de medida de peso do veículo, que pode estar integrado, ou não, ao próprio frenômetro;

5.3.2 Para veículos pesados

a) frenômetro para veículos pesados ou frenômetro de uso misto;

b) dispositivo de medida de peso de veículo, que pode estar integrado, ou não, ao próprio frenômetro.

5.3.3 Sistema de ar comprimido

5.3.4 Calibrador de pneus

5.4 Inspeção

Antes do início desta inspeção, o veículo deverá ter seus pneus calibrados, conforme as recomendações do fabricante. A inspeção de segurança veicular deve abranger os seguintes itens, de acordo com o sistema de freio utilizado no veículo:

a) freios de serviço;

b) freios de estacionamento;

c) comandos;

d) servofreio;

e) reservatório do líquido de freio;

f) reservatório de ar/vácuo;

g) circuito de freio;

h) discos, tambores, guarnições, pratos e componentes.

5.4.1 Freios de serviço

5.4.1.1 Eixo dianteiro

Conduzir o veículo posicionando as rodas dianteiras sobre os rolos do frenômetro e acioná-lo. Em seguida, o condutor pressionar gradualmente o pedal de freio, com o motor ligado, até ocorrer deslizamento dos pneus sobre os rolos ou atingir a máxima força.Nessa fase são registradas as forças indicadas no frenômetro para cada uma das rodas do eixo dianteiro e, em função destas, obtêm-se os valores de eficiência por roda e o desequilíbrio, conforme os itens 5.2.1.e 5.2.3.

5.4.1.2.Eixo traseiro e/ou demais eixos

Conduzir o veículo posicionando as rodas do respectivo eixo nos rolos do frenômetro e repartir as operações do item 5.4.1.1.

NOTA:Uma vez tendo-se ensaiado todos os eixos do veículo e, conseqüentemente, tendo-se obtido os valores das forças de frenagem de todas as rodas, a eficiência total de frenagem será obtida conforme o item 5.2.2.

5.4.2. Freios de estacionamento

Com as rodas de cada eixo onde atua o freio de estacionamento posicionadas sobre os rolos do frenômetro, o condutor do veículo deve acionar lenta e gradualmente o freio de estacionamento até ocorrer o deslizamento dos pneus sobre os rolos ou atingir a força máxima. Com os valores obtidos, calcula-se a eficiência total de frenagem do freio de estacionamento, conforme o item 5.2.2.

NOTA:Notar que nesse cálculo da eficiência total de frenagem são computadas as forças de frenagem apenas das rodas onde atua o freio de estacionamento, enquanto que o peso considerado é o total do veículo.

5.4.3. Comandos

Verificar o curso da alavanca de acionamento do freio de estacionamento e do pedal do freio, folgas, tempo de retorno do pedal, permanência do pedal na posição após acionado, fixação, trava e cabos.

5.4.4. Servofreio

Verificar o estado geral e o funcionamento.

5.4.5. Reservatório do líquido de freio

Verificar o nível do líquido de freio, fixação, estanqueidade e conservação do reservatório e condições da tampa.

5.4.6. Reservatório de ar/vácuo

Verificar o estado geral, a fixação no veículo e o tempo de enchimento.

NOTA:A verificação do tempo de elevação, em 1 bar, da pressão do reservatório de ar lida no manômetro do veículo, deve ser de, no máximo, um minuto, com o motor em rotação máxima.

5.4.7. Circuito de freio (tubulações, conexões, cilindro-mestre, manômetros, válvulas e servomecanismo).

Verificar o estado geral, fixação, estanqueidade, funcionamento dos manômetros e válvulas.

NOTAS: 1) A verificação da estanqueidade em sistemas pneumáticos deve ser realizada em duas posições do pedal - a meio curso e a curso total - estando o reservatório com a pressão de serviço;

2) A verificação da estanqueidade em sistemas hidráulicos deve ser realizada através do acionamento do pedal de freio com força moderada e constante, avaliando-se a estabilidade da posição do pedal.

5.4.8. Discos, freio a disco, tambores, freio a tambor, guarnições e outros componentes, quando visíveis e/ou acessíveis.

Verificar o estado geral.

5.5. Critérios de aprovação da inspeção mecanizada:

Item

Freios de serviço

Desequilíbrio por eixo até 20% inclusive

Eficiência total de frenagem (veículos leves) superior a 55%

Eficiência total de frenagem (veículos pesados) superior a 50%

Freio de estacionamento

Eficiência maior ou igual a 18%

6 SISTEMA DE DIREÇÃO

6.1 Método utilizado: inspeção visual e inspeção mecanizada.

O método de inspeção mecanizado e o respectivo equipamento utilizado para sua execução são aqueles definidos na Norma NBR 14040/98 da ABNT.

6.2 Equipamentos

São necessários os seguintes equipamentos para a inspeção:

a) placa para verificação do alinhamento de rodas;

b) equipamento para verificação de folgas;

c) calibrador de pneus;

d) sistema de ar comprimido.

6.3 Inspeção

A inspeção de segurança veicular deve abranger os seguintes itens:

a) alinhamento de rodas - inspeção mecanizada;

b) volante e coluna - inspeção visual;

c) funcionamento - inspeção visual;

d) mecanismo, barras e braços - inspeção visual;

e) articulações - inspeção visual;

f) servodireção hidráulica - inspeção visual;

g) amortecedor de direção - inspeção visual.

6.3.1 Alinhamento das rodas dianteiras

Com os pneus previamente calibrados, o veículo deverá passar em baixa velocidade sobre a placa para verificação de alinhamento, com as mãos do condutor fora do volante de direção.

6.3.2 Volante e coluna

Verificar o estado geral e avaliar as folgas axiais e radiais do sistema, através de movimentação do volante, sem provocar movimento nas rodas.

6.3.3 Funcionamento

Girando o volante totalmente para ambos os lados, verificar se o movimento é feito livremente, sem pontos de retenção e sem que se tenha que fazer muito mais força para um lado em comparação ao outro. Em veículos equipados com sistema servoassistido, verificar também, se, com o motor funcionando, o esforço para movimentar o volante diminui sensivelmente, em comparação com o esforço exigido com o motor parado.

6.3.4 Caixa de direção, mecanismo, barras e braços

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral dos componentes, a fixação da caixa de direção e mecanismos, vazamentos e as folgas.

6.3.5 Articulações

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral e as folgas.

6.3.6 Servodireção hidráulica (quando existente)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador e com o motor ligado, verificar a estanqueidade do sistema.

6.3.7 Amortecedor de direção

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, verificar a estanqueidade, a fixação e o estado geral.

6.4 Critérios de aprovação da inspeção mecanizada:

Item

Alinhamento das rodas dianteiras

Desalinhamento abaixo de 7 m/km

Volante e coluna da direção

Folga inferior a 1/8 de volta do volante

7. SISTEMA DE EIXOS E SUSPENSÃO

7.1 Método utilizado: inspeção visual, para veículos leves e pesados, e mecanizada somente para veículos leves.

O método de inspeção mecanizado e o respectivo equipamento utilizado para sua execução são aqueles definidos na Norma NBR 14040/98 da ABNT.

7.2 Definições

7.2.1 Índice de transferência de peso

Índice de transferência de peso da suspensão é a relação percentual entre o menor peso dinâmico transferido ao solo pela roda e o peso estático, quando a suspensão é excitada mecanicamente até atingir, pelo menos, a freqüência de ressonância do sistema.

7.2.2 Desequilíbrio de funcionamento da suspensão:

Determinado através da comparação percentual entre os índices de transferência de peso medidos em cada roda de um mesmo eixo. O desequilíbrio é obtido pela seguinte fórmula:

[(I - i)/I] x 100

Onde: D é o desequilíbrio do funcionamento da suspensão, em porcentagem;

I é o índice de transferência de peso da roda com maior valor, em porcentagem;

i é o índice de transferência de peso da roda com menor valor, em porcentagem.

Exemplo: Se o veículo ensaiado no banco de provas apresentar os seguintes valores:

( roda direita: índice de transferência de peso = 60%;

( roda esquerda: índice de transferência de peso = 45%;

Tem-se que o desequilíbrio nesse eixo será de:

D = [(60 - 45)/60)] x 100 = 25%

7.3 Requisitos

7.3.1 Equipamentos

a) banco de provas de suspensão;

b) equipamento para verificação de folgas;

c) elevador ou fosso de inspeção;

d) macaco móvel (opcional);

e) sistema de ar comprimido;

f) calibrador de pneus;

7.3.2 Inspeção

A inspeção de segurança veicular deste grupo deve abranger os seguintes itens:

a) funcionamento da suspensão (aplicável somente para veículos leves);

b) eixos;

c) elementos elásticos (molas);

d) elementos absorvedores de energia (amortecedores);

e) elementos estruturais (braços, suportes e tensores);

f) elementos de articulação (articulação esférica);

g) elementos de regulagem (excêntricos, calços, parafusos);

h) elementos limitadores (batentes);

i) elementos de fixação (grampos, parafusos, rebites);

j) elementos complementares (estabilizadores);

k) suspensão pneumática.

7.3.2.1 Funcionamento da suspensão

Antes de iniciar esta inspeção, o veículo deve ter seus pneus calibrados, conforme as recomendações do fabricante.

Feito isso, o veículo deve ser conduzido até o banco de provas de suspensão, posicionando-se as rodas de um mesmo eixo sobre as placas do equipamento.

O veículo será testado quanto ao "índice de transferência de peso" e ao "desequilíbrio de funcionamento da suspensão" em cada eixo.

7.3.2.2 Eixos

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e folgas.

Esta inspeção poderá ser complementada com a utilização do macaco móvel para avaliação das folgas dos rolamentos de rodas.

7.3.2.3.Elementos elásticos (molas)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, verificar eventuais modificações das características originais e, após, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e folgas das molas e feixes.

7.3.2.4.Elementos absorvedores de energia (amortecedores)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e vazamento de fluido hidráulico.

7.3.2.5.Elementos estruturais (braços, suportes e tensores)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e folgas.

7.3.2.6.Elementos de articulação (articulação esférica)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e folgas.

7.3.2.7.Elementos de regulagem (excêntricos, calços, parafusos reguladores)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação e folgas.

7.3.2.8.Elementos limitadores (batentes)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, verificar o estado geral e fixação.

7.3.2.9.Elementos de fixação (grampos, parafusos, rebites)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar o estado geral e fixação.

7.3.2.10.Elementos complementares (barra estabilizadoras)

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para verificação de folgas e verificar a existência (quando obrigatórios), o estado geral e fixação.

7.3.2.11.Suspensão pneumática

Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, verificar o estado geral, fixação e estanqueidade do sistema.

 

7.4 Critérios de aprovação da inspeção mecanizada :

Item

Funcionamento da suspensão

Índice de transferência do peso maior que 15%

Desequilíbrio abaixo de 15%

8 PNEUS E RODAS

8.1 Método utilizado: inspeção visual.

8.2 Equipamentos

É necessário o seguinte equipamento para a inspeção:Verificador de profundidade.

8.3 Inspeção

A inspeção de segurança veicular é realizada com o veículo posicionado no fosso de inspeção ou elevador, devendo abranger os seguintes itens:

a) desgaste da banda de rodagem;

b) tamanho e tipo dos pneus;

c) simetria dos pneus e rodas;

d) estado geral dos pneus;

e) estado geral e fixação das rodas ou aros desmontáveis.

f) Pneus reformados

8.3.1 Desgaste da banda de rodagem

Através de inspeção visual dos indicadores de desgastes e, quando necessário, com o auxílio do verificador de profundidade, verificar o desgaste da banda de rodagem.

8.3.2 Tamanho e tipo dos pneus

Através de inspeção visual, verificar o tamanho e tipo dos pneus, os quais deverão estar de acordo com a especificação do fabricante do veículo, ou homologados de acordo com o regulamento técnico do INMETRO, incluindo os pneus reformados.

8.3.3 Simetria dos pneus e rodas

Através de inspeção visual, verificar a simetria dos pneus e rodas no mesmo eixo, ou seja, que o tipo de construção da carcaça, o tipo de construção da roda, as dimensões e capacidade de carga dos pneus e a montagem sejam idênticos em ambos os lados do eixo.

8.3.4 Estado geral dos pneus

Através de inspeção visual, verificar o estado geral dos pneus.

8.3.5 Estado geral das rodas ou aros desmontáveis

Através de inspeção visual, verificar o estado geral das rodas ou aros desmontáveis.

8.3.6 Pneus Reformados

Através da inspeção visual verificar a não existência de pneus reformados no eixo dianteiro.

9 SISTEMAS E COMPONENTES COMPLEMENTARES

9.1 Método utilizado: inspeção visual.

9.2 Inspeção

A inspeção de segurança veicular deste grupo deve abranger os seguintes itens:

a) portas e tampas;

b) vidros e janelas;

c) bancos;

d) sistemas de alimentação de combustível;

e) sistemas de exaustão de gases;

f) carroçaria.

g) instalação elétrica e bateria;

h)chassi / estrutura do veículo;

i) degraus;

j) transmissão;

k)vazamentos de fluídos;

l) elementos internos da carroçaria.

9.2.1 Portas e tampas

Verificar o estado geral de seus componentes, condições de abertura e fechamento, funcionamento das maçanetas das portas e das fechaduras e trincos.

9.2.2 Vidros e janelas

Verificar a existência dos vidros, conservação, visibilidade e o funcionamento do sistema de acionamento.

Verificar em veículos de Transporte Escolar a existência de limitadores de abertura dos vidros corrediços. A abertura máxima deve ser de dez centímetros.

Verificar a existência das janelas de emergência. Verificar a existência do dispositivo de acionamento, a proteção do dispositivo e a instrução de uso.

9.2.3 Bancos

Verificar as dimensões, conservação, estrutura, travas e fixação.

Para veículos de Transporte Escolar a largura dos assentos deve ser de, no mínimo, trinta centímetros, para cada criança com até doze anos de idade incompletos.

Deve-se verificar que a distância livre entre os assentos, esta não deve ser menor que vinte e três centímetros.

 

9.2.4 Sistema de alimentação de combustível

Com o veículo posicionado no fosso de inspeção ou elevador, verificar vazamentos, fixação e estado geral dos componentes.

9.2.5 Carroçaria

Com o veículo no fosso ou elevador, verificar na parte inferior e superior, o estado geral, presença de saliências cortantes e a integridade das colunas, longarinas, travessas, grades e demais elementos.

9.2.6 Instalação elétrica e bateria

Verificar fixação, estado geral e conexões.

9.2.7. Chassi/Estrutura do veículo

Com o veículo no fosso ou elevador, verificar se o chassi/estrutura do veículo, ao longo de toda sua extensão, apresenta trincas, corrosão, ou deformações acentuadas, que possam comprometer a sua integridade.

9.2.8. Degraus

Verificar estrutura e demais elementos quanto a fixação, conservação, deformações e existência de antiderrapante.

9.2.9. Transmissão

Verificar quanto à integridade, folgas, fixação e conservação da árvore de transmissão (eixo cardã), suportes, articulações, flanges, coxins e coifas.

9.2.10 Vazamentos

Verificar a existência de vazamentos significativos de óleos e graxas do motor, caixa de transmissão, eixo diferencial.

9.2.11. Elementos internos da carroçaria

Verificar quanto à fixação e a conservação e funcionamento dos elementos internos da carroçaria (piso, tampa de inspeção, revestimentos, balaústres, pega-mão, anteparas).

O piso e as tampas de inspeção devem ser antiderrapantes.

10. COMPONENTES DO GNV

10.1. Método utilizado: inspeção visual

10.2. Inspeção

A inspeção de segurança veicular deste grupo deve abranger os seguintes itens:

a) Cilindros de armazenamento;

b) Suporte de fixação/cintas/batentes;

c) Linha de alta pressão;

d) Válvula de abastecimento;

e) Válvula de cilindro;

f) Redutor de pressão;

g)Linha de baixa pressão.

10.2.1. Cilindros de Armazenamento

Verificar estado de conservação, fixação, coloração e identificação.

10.2.2. Suporte de fixação/cintas/batentes

Verificar estado de conservação e fixação.

10.2.3. Linha de Alta pressão

Verificar estado de conservação quanto amassamento, mossas, dobras, oxidação, bem como a fixação, vazamentos e localização.

10.2.4. Válvula de abastecimento

Verificar estado de conservação, fixação, localização e vazamento.

10.2.5. Válvula de cilindro

Verificar estado de conservação, fixação e vazamento e seu sistema de ventilação para expurgo de gás em caso de vazamento.

10.2.6. Redutor de pressão

Verificar estado de conservação, fixação, localização e vazamento.

10.2.7. Linha de baixa pressão

Verificar estado de conservação quanto amassamento, mossas, dobras, oxidação, bem como a fixação, vazamentos e localização.

OBS: ANEXO B VIDE DOM DE 27/04/04

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo